Sobre o conceito de esperança, Bultmann menciona
Platão, que afirmava que a existência humana não é determinada apenas pela
aceitação do presente e pela memória do passado, mas também pela expectativa do
futuro, seja ele bom ou ruim. Assim, as esperanças podem ser compreendidas como
projeções subjetivas em direção ao que virá.
Para os gregos, a esperança era um consolo
diante das tribulações. Em Platão, o centro da esperança encontra-se no impulso
em direção ao Belo e ao Bom. Essa esperança vai além da vida terrena, de modo
que não se deve temer a morte. Os mistérios religiosos também influenciam essa
concepção, pois trazem consigo a promessa de uma vida abençoada após a morte.
Dessa forma, a esperança pode estar fundamentada na fé, na verdade e no eros, sendo este último considerado um dos elementos essenciais de uma vida autêntica.