sábado, 23 de julho de 2016

337 - Rolf Rendtorff, Leitura Canônica do Antigo Testamento


Rolf Rendtorff (10 de maio de 1925 - 01 de abril de 2014) foi Professor emérito de Antigo Testamento na Universidade de Heidelberg. Escreveu vários textos sobre as escrituras judaicas e foi notável ​​por sua contribuição para o debate sobre as origens do Pentateuco.
Rendtorff nasceu em Preetz Holstein, Alemanha. Estudou teologia (1945-1950) nas universidades de Kiel, Göttingen e Heidelberg. Empreendeu seus estudos de doutorado sob orientação de Gerhard von Rad (1950-1953).
Rendtorff publicou muitos trabalhos sobre temas do Antigo Testamento, mas ficou conhecido pelo notável livro de 1977, O problema da transmissão do Pentateuco. O livro foi um estudo sobre a questão da origem do Pentateuco (a questão de como os cinco primeiros livros da bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, livro de Números e Deuteronômio - veio a ser escrito), e apareceu ao mesmo tempo que outros dois livros importantes, John Van Seters “Abraão história e Tradição” (1975), e Hans Heinrich Schmid “O chamado Yahwist (1976). Os três estudos, apareceram quase juntos, inaugurou uma discussão acalorada nos círculos acadêmicos sobre a validade do consenso então dominante sobre as origens do Pentateuco e a Hipótese documental.

A obra Antigo Testamento - uma introdução, de Rendtorff, vai ajudar a preencher uma lacuna na seleção de obras teológicas estrangeiras para o português. Isso porque esta obra está estruturada sobre uma nova concepção de pesquisa do antigo testamento, que começou a ganhar terreno no contexto da Europa e dos Estados Unidos e partir de meados da década de 1970. Trata-se do canonical aproach, isto é, do 'acesso canônico' aos textos antigo testamento. Diferente do que na pesquisa histórica - crítica tradicional europeia, esse acesso metodológico busca empunhar os textos a partir da versão final. No tratamento dos textos, isso significa que, em primeira linha, busca-se observar as estruturas composicionais de toda a obra do antigo Testamento, ou pelo menos de complexos composicionais mais abrangentes.

P. 505.


quinta-feira, 14 de julho de 2016

336 - Morre Elisabeth Moltmann-Wendel, teóloga feminista esposa de Jürgen Moltmann


Elisabeth Moltmann-Wendel, morreu no dia 07-06-2016, aos 89 anos de idade, em Tübingen, na Alemanha.
Moltmann-Wendel foi uma importante personalidade da teologia feminista. Ela trabalhou intensa e profundamente a presença das mulheres no movimento de Jesus. Libertação das mulheres- Argumentos bíblicos e teológicos e Mulheres que acompanhavam Jesus, são alguns dos muitos títulos de livros publicados pela teóloga.
A teóloga alemã, é co-autora do livro, publicado em 1991, Palavras-chave da teologia feminista.
A teóloga era casada com Jürgen Moltmann, um dos maiores teólogos do século XX. Com ele, ela publicou o livro, em 1991, Como mulher e homem falar de Deus e em 1997, Moltmann-Wendel publicou a sua autobiografia Quem não cuida da Terra não pode alcançar o Céu.
A teóloga feminista, desde 1960, se ocupou com as imagens tradicionais de Deus e as práticas religiosas na Igreja e sempre questionando o papel da mulher. Ela igualmente questionou as concepções tradicionais da Ceia do Senhor que suscitou um grande debate no interior da Igreja Evangélica.
O presidente da Igreja Evangélica da Alemanha, Bispo Heinrich Bedford-Strohm, afirmou que “Moltmann-Wendel foi uma importante teóloga e lutadora por uma imagem de Deus onde tanto as mulheres como os homens pudessem novamente se encontrar como iguais”.

Fonte: 556569



quarta-feira, 13 de julho de 2016

335 - Johan Konings


Johan Konings é padre jesuíta nascido na Bélgica, professor titular da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia - FAJE, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Participou como perito na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em Roma, em 2008, com o tema A Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja. Filósofo e filólogo, concluiu o doutorado em Teologia na Universidade Católica de Louvaina, na Bélgica.

Alguns livros de Konings 


A Bíblia, sua origem e sua leitura

O livro traz informação básica e orientações fundamentais para a leitura da Bíblia. Objetivando a visão de conjunto, fornece ao leitor um referencial para o estudo aprofundado. O roteiro se desenvolve como uma viagem ao âmbito original da Bíblia, para, com esse conhecimento, voltar ao momento presente.
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Pg. 280
Vozes



Ser cristão: Fé e prática

O livro apresenta uma visão sintética e atualizada daquilo que se espera que um cristão creia e viva. Cristãos e não cristãos encontram nesta obra uma descrição objetiva da religião. A perspectiva adotada é a católica, mas não se opõe à intenção ecumênica, pois mostra o que as grandes tradições cristãs têm em comum e contribui para o diálogo explicando a compreensão própria.
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Pg. 136



Evangelho Segundo João - Amor e Fidelidade

Obra pertencente ao Comentário Bíblico Latino-americano – leitura bíblica na óptica das comunidades dos pobres na América Latina. Articulando a objetividade do estudo histórico literário com a “leitura na vida”, o autor mostra que o Evangelho de João é o livro da vida de uma comunidade perseguida por causa de sua fé em Jesus de Nazaré: a história do amor fiel até a morte vivido por Jesus é o espelho no qual a comunidade vê refletida sua própria experiência; o evangelista fala com a liberdade que lhe dá o Paráclito, que é o intérprete de Jesus, Palavra de deus em existência histórica.
p. 403
Loyola


Sinopse dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas e da "Fonte Q"

O livro contém uma introdução à 'questão sinóptica' e às peculiaridades de cada evangelista. Além disso, apresenta esquemas comparativos de tópicos especiais e uma sinopse da 'Fonte dos ditos de Jesus', a chamada 'Quelle'(Q), integrada nos evangelhos de Mateus e Lucas e considerada o testemunho mais antigo da pregação de Jesus.
p. 340
Loyola




terça-feira, 12 de julho de 2016

334 - Coleção: Palimpsesto. João Leonel; José Luiz Izidoro; Júlio Zabatiero; Valtair Afonso Miranda.


Mateus, o evangelho
João Leonel

Entre as várias riquezas que leitora e leitor encontrarão neste trabalho, salientamos três. A primeira delas é a abrangência bibliográfica. Leonel é um ávido leitor, obstinado mesmo por Mateus. Termina-se a leitura com a sensação de um amplo voo, com questões e soluções que antes apenas suspeitávamos, com o olhar e sensibilidade mais aguçados. O segundo ponto a ser destacado é o cuidado e atenção com que Leonel aborda a literatura sobre Mateus produzida mais perto dele, e de nós, seus primeiros leitores. Nosso autor se sabe brasileiro e latino-americano. E sabe o quanto o chão que se pisa permite e condiciona o olhar e a leitura. Os últimos capítulos da obra apresentam aquilo que caracteriza as opções teóricas de Leonel, na forma de cuidadosos exercícios e indicações. Aqui falam alto tanto o pesquisador como o professor, na busca de esclarecer quem terá sido, do ponto de vista técnico, o contador de histórias que a tradição convencionou nomear como Mateus. Chega-se ao final da leitura com a sensação de que o Evangelho segundo Mateus se nos aparece mais luminoso, agudo e instigante. Ficamos agradecidos a Leonel por nos ajudar competentemente numa aproximação mais atenta e cuidadosa a este evangelho forjador de tanta história nos últimos dezenove séculos. Síntese ampla do que tem sido dito, abertura a novas possibilidades de leitura, eis o que nos agradaremos em encontrar nas páginas que se seguem.
Paulus
Pg. 160
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Identidades e fronteiras étnicas no cristianismo da Galácia
José Luiz Izidoro

O autor se propõe a examinar a Carta aos Gálatas, como um esboço sobre o início do movimento cristão na perspectiva das culturas, das religiões, das etnias e das sociedades, em sua dinâmica de fluidez, diferenciação e interação, no que concerne à formação de identidades cristãs no interior do cristianismo paulino. Ao analisar trechos de Gálatas, identifica componentes teológicos e socioantropológicos que subjazem aos conflitos e tensões presentes nas Igrejas da Galácia. Nesses trechos, Paulo indicaria um novo ethos que se sustenta nas orientações éticas e teológicas cristãs, segundo as quais a unidade em Cristo Jesus se dá apesar das diferenças religiosas, étnicas e socioculturais. Isso gerou alternativas de relevância para que judeus, gentios, mulheres, homens, escravos e livres fossem inseridos no processo de formação das identidades.
Paulus
Pg. 176



Bíblia, literatura e linguagem
Júlio Paulo Tavares Zabatiero / João Leonel

Este é um livro que atrai: bem escrito, com o tema atual das aproximações teóricas entre os estudos bíblicos e os da linguagem, e pleno de análises bem-sucedidas. Nele estão reunidas as qualidades do trabalho acadêmico sério e erudito, ao mesmo tempo criativo, inovador e de leitura agradável. Dirige-se tanto aos estudiosos de teologia e ciências da religião quanto àqueles que se dedicam aos estudos literários, linguísticos e discursivos. E o faz com a segurança do conhecimento amadurecido nesses dois grandes campos do saber. A interdisciplinaridade alia pontos importantes das áreas relacionadas e confere criatividade ao tratamento do discurso religioso, com escrita e análises claras e atraentes. O estudo tematiza a leitura da Bíblia em diálogo com a teoria semiótica de Algirdas Julien Greimas, linguista lituano de origem russa, representando um esforço para ir além dos modos de ler o Livro Sagrado predominantes na modernidade e estabelecendo diálogo com a teoria literária e a teologia.
Pg. 240



Uma história cultural de Israel
Júlio Paulo Tavares Zabatiero

Uma história cultural de Israel oferece uma abordagem inovadora nos estudos historiográficos do antigo Israel. Utilizando-se de elementos teóricos da história cultural francesa e da pesquisa sobre as identidades, o livro relata os processos, mecanismos e conflitos na construção e transformação da identidade do antigo Israel, desde suas origens até o final do século I d.C. Além dos processos identitários, seu foco recai sobre os modos de organização sociopolítica e suas justificações teológicas no testemunho das Escrituras judaico-israelitas. Incorpora, ainda, em suas discussões, os debates mais recentes na pesquisa histórica sobre o antigo Israel, posicionando-se a respeito dos principais temas em debate na atualidade.
Pg. 296



O caminho do cordeiro Representação e construção de identidade no Apocalipse de João
Valtair Afonso Miranda

No primeiro capítulo deste livro, o autor se deterá em questões de suporte para o restante da obra. O texto do Apocalipse será relacionado à situação histórico-social das comunidades destinatárias, e questões como o papel da literatura na construção do mundo e na formação da identidade sectária também serão discutidas no capítulo inicial. O seguinte girará em torno da análise específica do episódio do Cordeiro e os 144 mil homens sobre o Monte Sião, concentrando esforços na compreensão de Apocalipse 14,1-5, com o auxílio de instrumentos de análise sincrônica, para entender a rede de tradições e intertextos presentes na passagem. Os dois momentos finais discutirão os elementos de identidade apontados no episódio de Apocalipse 14,1-5 e aplicados no Apocalipse como um todo, tanto a identidade relacionada com o contexto litúrgico quanto a identidade sectária que se manifestaria no cotidiano das relações com a sociedade e com outros grupos religiosos. Título inaugural da coleção “Palimpsesto”.
Pg. 200

Sinopse da Editora Paulus

David Rubens


333 - O memorial de Deus: História, memória e a experiência do divino no Antigo Israel Mark S. Smith


O livro de Mark Smith não é simplesmente um estudo sobre a história e a religião do Antigo Israel nem sobre a literatura da Bíblia Hebraica, mas uma complexa associação entre eles - sobre como a Bíblia escolheu recordar a história e como a religião de Israel possibilitou seu nascimento. Como Smith atrativamente argumenta, a formação do memorial é de fato a característica central do texto bíblico; e, num círculo amplo de discussões provocativas, ele nos permite ver os múltiplos caminhos nos quais os autores bíblicos esforçam-se para dar sentido ao passado e definir seu significado progresso.
Peter Machinist Universidade de Harvard

Sofisticado em sua análise, e com uma apresentação acessível, este livro é um brilhante contributo à história intelectual e cultura. Formada com o amplo conhecimento do autor sobre a literatura do Oriente Médio, a obra trata da complexa e fascinante história evolutiva da tradição e das crenças do Antigo Israel. Memorial deve ser uma leitura obrigatória para todos, leitores gerais e especialistas, que desejam entender como a memória coletiva e a amnésia trabalharam juntas para produzir o monoteísmo que se tornou o sinal de qualidade da escritura hebraica.
Carol Meyers Universidade de Duke.

Paulus
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Pg. 264



Mark Stratton John Matthew Smith (nascido em 06 de dezembro de 1956), professor americano do Departamento de hebraico e Estudos Judaicos na Universidade de Nova York.









Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.