sexta-feira, 13 de novembro de 2020

531 - Pentateuco: História, composição e aspectos teológicos. David Rubens de Souza.



Esta obra visa desenvolver uma reflexão sobre os temas e aspectos mais acentuados de cada livro do Pentateuco. A autor faz uma introdução detalhada da origem de Israel e os principais temas de cada livro do Pentateuco. Para facilitar o estudo, o livro está dividido em quatro unidades, todas apresentam cinco capítulos.

Primeira unidade: história de Israel, origem e formação do povo de Deus; geografia da terra de Israel, os antepassados de Israel e as teorias sobre o processo de conquista de Canaã; Método Histórico-Crítico e a formação do Pentateuco; as unidades literárias dos cinco primeiros livros da Bíblia.

Segunda unidade: origem do monoteísmo; relacionamento de Deus com a raça humana; a responsabilidade humana pelo pecado; narrativas dos patriarcas.

Unidade três: estudo dos livros de Êxodo e Levítico; Israel no Egito, a missão de Moisés e a libertação do povo Hebreu; a teologia do Êxodo e a aliança de Deus com Israel.

Unidade quatro: introdução aos livros de Números e Deuteronômio; o Deus que renova e inspira seu povo; os mandamentos do Senhor e o monoteísmo como princípio da aliança de Deus com Israel; direito civil. 

Páginas: 223

Formato: 16 X 23

ISBN: 978 85 60068 56 2

Ano: 2020


530 - História da Igreja: Origem e desenvolvimento da fé cristã. David Rubens.

 


Esta obra tem por objetivo apresentar a história de dois mil anos da Igreja cristã. A caminhada começa com uma apresentação do mundo cultural, político e religioso que antecedeu o nascimento de Jesus. O leitor terá a oportunidade de conhecer a origem e o desenvolvimento do Império Romano, verá a influência da cultura helenística, filosofia e religião, na sociedade que precedeu o advento do cristianismo.

Alguns temas abordados na obra: cenário de Jerusalém no tempo de Jesus; atuação de grupos religiosos e revolucionários; Pais Apostólicos, surgimento de grupos heréticos as terríveis perseguições impetradas por imperadores romanos; cismas a Igreja na Idade Média; Reforma Protestante e o árduo processo de expansão do protestantismo na Europa; as missões católicas na América e no Oriente; estrutura da Igreja Ortodoxa Oriental; chegada e desenvolvimento do protestantismo no Brasil

Páginas: 230

Formato: 16 X 23

ISBN: 978 856006859 3

Ano: 2020

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

529 - A Terra se defende. Leonardo Boff.


Nós, esquecendo que somos uma porção da própria Terra, começamos a saquear suas riquezas no solo, no subsolo, no ar, no mar e em todas as partes. Buscava-se realizar um projeto ousado de acumular o mais possível bens materiais para o desfrute humano, na verdade, para a subporção poderosa e já rica da humanidade. Em função desse propósito se criou a ciência e a técnica.

Atacando a Terra, atacamos a nós mesmos que somos Terra pensante. Levou-se tão longe a cobiça deste grupo pequeno voraz, que ela atualmente se sente exaurida a ponto de terem sido tocados seus limites intransponíveis. É o que chamamos tecnicamente de “Sobrecarga da Terra” (the Earth overshoot). Tiramos mais do que ela pode dar. Agora não consegue repor o que lhe subtraímos. Então dá sinais de que adoeceu, perdeu seu equilíbrio dinâmico, aquecendo-se de forma crescente, formando tufões e terremotos, nevascas nunca dantes vistas, estiagens prolongadas e inundações devastadoras.

De repente, acordamos assustados e perplexos: esta porção da Terra que somos nós, pode desaparecer. Em outras palavras, a própria Terra se defende contra a parte rebelada e doentia dela mesma. Pode sentir-se obrigada a fazer uma amputação como fazemos de uma perna necrosada. Só que desta vez, é toda esta porção tida por inteligente e amante, que a Terra não quer mais que lhe pertença e acabe eliminando-a.

Será assim o fim desta espécie de vida que, com sua singularidade de autoconsciência, é uma entre milhões de outras existentes, também partes da Terra. Esta continuará girando ao redor do sol, empobrecida, até que ela faça surgir outro ser que também é expressão dela, capaz de sensibilidade, de inteligência e de amor.

 

Link. Link. Artigo completo.





quinta-feira, 8 de outubro de 2020

528 - Lançamento: O Apocalipse de São João. Pierre Prigent.



O Apocalipse faz plenamente jus ao seu nome: ele traz uma “revelação” e, como suas primeiras palavras o indicam, é a revelação de Jesus Cristo. No fim do século I de nossa era, o autor visionário desse escrito do NT realiza uma obra profética: ele revela para seus irmãos — e para nós — a verdadeira realidade, que não deve ser confundida com as aparências. O Império Romano aparecia como soberano do mundo. Como sua cabeça, o imperador exercia um poder absoluto, que inclusive pretendia a divindade. Mas subjacente a esta aparência há a realidade que Deus criou: o verdadeiro poder pertence a Cristo e aos que o seguem. Já aqui na Terra são testemunhas de um mundo novo, que nada nem ninguém consegue aniquilar. Então tudo é transformado, tanto na história dos indivíduos como na história do mundo: o céu visitou a Terra dos seres humanos, e a eternidade habita o tempo. Exegeta do Novo Testamento, Pierre Prigent propõe uma versão completamente revisada de seu comentário ao livro do Apocalipse, em que a primeira edição data de quase 40 anos. De lá para cá as pesquisas exegéticas, históricas e sociológicas ampliaram o conhecimento do Apocalipse. O autor leva isso em consideração e propõe aqui um comentário aprofundado — sem equivalente na língua francesa — de um livro do Novo Testamento que não deixa de fascinar.

 

Sobre o Autor: Pierre Prigent, nascido em 1928, foi professor de Novo Testamento na faculdade de teologia protestante da Universidade de Ciências Humanas de Strasbourg. Publicou, entre outros, L’image dans le judaïsme (1991) e Jésus au cinéma (1997).

 

Características:

Dimensões: 16.00cm x 23.00cm x 3.50cm

Data de Publicação: 01/10/2020

ISBN: 9786555040388

Páginas: 664

 


sexta-feira, 18 de setembro de 2020

527 - Escrita Cuneiforme persa antigo



Introdução

O rei Dario I (550-486 a.C.) reivindica o crédito pela invenção do antigo cuneiforme persa em uma inscrição em um penhasco em Behistun, no sudoeste do Irã. A inscrição data de 520 a.C., e está em três idiomas - elamita, babilônico e persa antigo. Alguns estudiosos são céticos sobre as afirmações de Dario, outros as levam a sério, embora pensem que Dario provavelmente encarregou seus escribas de criar o alfabeto, em vez de inventá-lo ele mesmo.

 

Características notáveis

Tipo de sistema de escrita: misto (parcialmente alfabético, parcialmente silábico e parcialmente logográfico). O sentido da escrita é variável. Existem cinco logogramas que representam palavras comumente usadas.

 

A língua e a escrita

Persa antigo, a língua usada nas inscrições cuneiformes da dinastia quemênida e o vernáculo da elite quemênida. O persa antigo era falado no sudoeste da Pérsia, uma área conhecida como Persis, e pertence ao ramo iraniano ou à família de línguas indo-arianas.

 

Alfabeto




 

 

Numerais

 




 

Texto de amostra

 


 

Transliteração e tradução

  


526 - Deuteronômio: Apelo à conversão ao Deus oficial do Estado


 

Introdução

A palavra grega Deuteronômio significa “Segunda Lei”, frase retirada do próprio livro em 17.18. O título em hebraico significa “Palavra”. O livro não tem um autor único, ele foi atribuído a Moisés com o único objetivo de dar credibilidade ao texto. A parte mais antiga, do capítulo 12 ao 16, têm sua origem no período tribal de Israel de 1200 a 1000 a.C. O livro se formou aos poucos, o processo de produção, feito por várias mãos, durou quase quatro século, de 750 a 400 a.C. A tradição ganhou um novo formato durante a monarquia no Reino Norte, século VIII a.C., pelo movimento profético em denúncia a dominação e exploração do Estado.

Com a queda de Samaria em 722 a.C., alguns israelitas se refugiaram em Judá, levando consigo suas tradições. O material acabou servindo de base para a reforma do rei Ezequias, 2Rs 18. A tradição foi revista e ampliada pelos escribas do rei, para legitimar a política nacionalista e expansionista do rei Josias, 2Rs 23.2.

Posteriormente, no período do exílio e do pós-exílio, o texto foi mais uma vez editado, recebendo uma introdução, capítulos 1-4; e uma conclusão, capítulos 29-34, com a finalidade de incluir o texto no conjunto de Leis, Pentateuco. O livro ocupou papel preponderante no Reino do Sul, chegando a construir um movimento chamado “Escola Deuteronomista”, que continuou produzindo até o final do exílio Babilônico, sendo os responsáveis por importantes obras: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis.

 

Israel tribal e o culto a várias divindades  

O núcleo mais antigo do Deuteronômio, período pré-estatal, 1200 a.C., transparece uma organização comunitária: “Abre mão em favor do seu irmão, do seu pobre e do seu necessitado, na terra onde você está”, Dt 15.11.

Com o passar do tempo, uma lei foi estabelecida e partilhada entre os clãs, Dt 22.6-7. Essas leis eram recitadas nos cultos na família e no santuário, onde se manifestava a fé em divindades protetoras. Os primeiros israelitas prestavam culto a várias divindades, cultuadas na sociedade de Canaã:

El: o Deus supremo;

Elohim: o Deus dos pais,

Baal: o deus da chuva;

Aserá: a deusa da fertilidade;

Yahweh: Deus da guerra.

 

Reino Norte e o Santuário do rei: opressão e exploração

Já no período estatal, em 783, Israel passou por um tempo de prosperidade, e para manter o desenvolvimento, a corte estabeleceu uma política de centralização. Um dos meios foi a centralização do culto, das festas e do sacrífico no santuário de Betel, “santuário do rei”, Am 7.13.

Com a centralização do culto no santuário do rei, a religião sofreu mudanças; Yahweh tornou-se o Deus oficial do Estado. As outras divindades, El e Baal, foram condenadas. Nesse período, a maioria da população camponesa sofria com injustiça, violência e exploração pela elite de Samaria.

Com a queda de Samaria em 735, sob o Império Assírio, grande número de pessoas fugiram para Judá, levando consigo as diversas tradições de Israel Norte, por exemplo, Yahweh como o Deus oficial do Estado.

 

Judá e a centralização do poder e da riqueza

Com a destruição do Reino Norte, Judá começou a florescer como Estado, sendo incluído no comércio internacional assírio.

Para aumentar a riqueza e controle, o rei Ezequias fortaleceu o culto a Yahweh, Deus nacional de Judá, destruiu os santuários do interior e centralizou o culto em Jerusalém, Dt 12.5; e perseguiu as outras divindades, Dt 13.6; 2Rs 18.4.

Os escribas do rei, editaram as leis sociais e religiosas para legitimar a reforma de Ezequias. A reforma foi interrompida pela invasão Assíria. Em 620 a.C., a Assíria entrou em crise por causa da guerra contra a Babilônia. O rei Josias, de Judá, aproveitou o momento e retomou as reformas de Ezequias.

Josias fortaleceu o culto oficial do Estado, e perseguiu brutalmente a religiosidade popular dos camponeses, 2Rs 23.24. Destruiu os santuários do interior, os sacerdotes do interior foram mortos ou reduzidos a uma categoria inferior. Tanto a reforma de Josias como a de Ezequias tinham o objetivo político de centralizar o poder e a riqueza em benefício da elite de Jerusalém.

O desastre de Judá ocorreu com Joaquim, 609-597 a.C., e Sedecias, 597-587 a.C., atingidos pela Babilônia, 2Rs 23.36; 25.21. Jerusalém foi destruída, os sobreviventes perguntavam: quem foi o culpado? Yahweh, o Deus nacional abandonou seu povo? Os escribas começaram a organizar as atividades religiosas nas ruínas de Jerusalém, Jr 41.5; convocando o povo ao arrependimento e da obediência à Lei para restabelecer a aliança com Yahweh, Dt 30.15-16.

O surgimento do Império Persa, 538-400 a.C., a elite judaíta retornou do exílio babilônico, os escribas e sacerdotes reassumiram suas funções no templo e Jerusalém tornou-se o centro religioso e administrativo, explorando e oprimindo a população rural que permanecera na Palestina durante o exílio, Is 56.10; 58.1-7.

 

Templo e manutenção da elite de Jerusalém

A única forma de participar da sociedade e do templo era fazer sacrifícios, que incluía a entrega de ofertas. Dessa forma, o templo e a Lei tornaram-se os principais mecanismos de arrecadação de tributos e manutenção da teocracia de Jerusalém, que repassava uma parte da arrecadação ao Império Persa.

 

Conclusão

O conjunto da obra deuteronomista quer ser um apelo à conversão ao Deus oficial do Estado. A versão final do Deuteronômio, a serviço do templo, exalta a Lei, o sacrifício e a segregação através da política de puro e impuro.

 

Referência

NAKANOSE, Shigeyuki; MARQUES, Maria Antônia. A Lei a favor da vida? Entendo o livro do Deuteronômio. São Paulo: Vida Pastoral, ano 61 – Número 335, 2020.

Link para o texto completo em pdf de Nakanose e Maria Antônia: https://405ebfd9-4e56-42ff-8afc-6d275aee974c.filesusr.com/ugd/a34265_2c6fd3f18bdd472ca2262703b42365f4.pdf  

RÖMER, Thomas. A chamada história deuteronomista: introdução sociológica, histórica e literária. Petrópolis: Vozes, 2008.

BORTOLINO, José. Pentateuco e História Deuteronomista. Aparecida: Santuário, 2018.

ILDO, Bohn Gass. Uma introdução à Bíblia: Formação do Povo de Israel. São Paulo: Paulus; Cebi, 2002.

 

 

quarta-feira, 8 de julho de 2020

525 - "Abre a tua boa e come"! Literatura e antropofagia: Rubem Alves.


A literatura é um processo de transformações alquímicas. O escritor transforma – ou, se preferem uma palavra em desuso, utilizada pelos teólogos antigos, “transubstancia” – sua carne e seu sangue em palavras e diz seus leitores:
“Leiam! Comam! Bebam! Está é minha carne, este é meu sangue!”
A experiência literária é um ritual antropofágico. A antropofagia não é gastronomia, é magia.
Come-se o corpo de um morto para se apropriar de suas virtudes. Não é esse o propósito da Eucaristia, o ritual antropofágico supremo?
Come-se e bebe-se a carne e o sangue de Cristo para se faze semelhante a ele.
Eu mesmo sou o que sou pelos escritores que devorei...
Rubem Alves

segunda-feira, 6 de julho de 2020

524 - Literatura: outros olhares sobre o texto bíblico.



Muitos escritores famosos usaram a Bíblia como fonte de inspiração. Ao longo da história, poetas, teatrólogos e romancistas adaptaram histórias bíblicas para suas obras.
Elaborei uma lista de premiados autores contemporâneos que usaram temas ou personagens bíblicos em suas produções literárias.

Escritor russo Fiodor Dostoiévski (1821-1881) retratou vários de seus personagens como figuras de Cristo, por exemplo, o príncipe Leo Myshkin, em O Idiota (1868-69), e Alyosha, em Os Irmãos Karamazov (1880).



Victor Hugo (1802-1885), escritor francês, criou figuras de Cristo no Bispo de Digne, na obra Os Miseráveis (1862). 



Romancista francês Gustave Flaubert (1821-1880), em Herodias (1877), ele amaldiçoa todas as pessoas ou grupos envolvidos na decapitação de João Batista. 



James Joyce (1882-1941), autor irlandês que escreveu o romance Ulisses (1922), produziu obras com temáticas bíblicas, podemos destacar a obra O Jesus Brincalhão. 



Poeta inglês T. S. Eliot (1888-1965), prêmio Nobel 1948, escreveu vários poemas sobre assuntos bíblicos, por exemplo: A jornada dos Magos (1927), Um Cântico de Simeão (1928).


Thomas Mann (1875-1955), escritor alemão, recebeu o prêmio Nobel em 1929, fez uma sofistica leitura de Gênesis na obra José e Seus Irmãos (1933-43). 



Nigeriano Wole Soyinka (1934-), ganhador do prêmio Nobel 1986, fez uso de temas bíblicos. Na peça Os moradores do Pântano, ele usa a Parábola do Filho Perdido misturada com outras histórias de conflitos entre irmãos. 


Patrick White (1912-1990), australiano prêmio Nobel em 1973, usou simbolismos bíblicos em seus romances, o personagem protagonista em Voss (1957) revela-se como uma figura de Cristo. 



Escritor sueco Pär Fabian Lagerkvist (1891-1974), prêmio Nobel em 1951, na obra Barrabás (1950), reflete sobre o que passou a ser a vida do personagem bíblico após ser libertado em lugar de Jesus. 



Nikos Kazantzakis (1883-1957), escritor grego, escreveu a famosa obra A última tentação de Cristo (1955), cuja abordagem incomum do Evangelho foi condenada pelas Igrejas Católica e Ortodoxa. 



O norte-americano John Steinbeck (1902-1968), recebeu o prêmio Nobel em 1962, escreveu sobre a história de Caim e Abel na obra A Leste do Paraíso (1952). 



William Faulkner (1897-1962), norte-americano, recebeu o prêmio Nobel de 1949, escreveu um romance sobre a paixão de Cristo, ocorrendo durante a Primeira Guerra Mundial, na obra Uma Fábula (1954). 



Escritor português José Saramago (1922-2010), prêmio Nobel em 1998, escreveu O evangelho segundo Jesus Cristo (1991), o romance foi censurado pelo governo português e excluído do concurso literário da Comunidade Europeia. 














David Rubens de Souza

quarta-feira, 1 de julho de 2020

523 - Morreu o teólogo alemão Klaus Berger.




Morreu no dia 8 de junho de 2020, aos 79 anos, o renomado teólogo alemão Klaus Berger.
Klaus Berger foi professor de teologia do Novo Testamento na faculdade de teologia da Universidade de Heidelberg. Foi um grande pesquisador do Novo Testamento, publicou muitos livros e artigos especializados. Seu livro sobre Jesus tornou-se um best-seller na Alemanha. 
É importante dizer que Berger se opôs aos desenhos clássicos e históricos de Rudolf Bultmann e Martin Dibelius. Sua preocupação foi trabalhar com categorias da retórica antiga (helenística) e não com construções modernas, e olhar não apenas trechos do Novo Testamento, mas também todos os textos do Novo Testamento.
Em seus textos sobre exegese, Berger argumentou que forma e conteúdo não podem ser separados de acordo com a velha teoria da teologia liberal, como casca e núcleo. Porque a forma também fornece sinais importantes para a compreensão do conteúdo e, portanto, deve ser levado a sério.

Um fato curioso da vida de Klaus Berger
Inicialmente, Berger era católico, no entanto, em 1967 ele passou a ser protestante, motivo, a Faculdade de Teologia de Munique recusou a sua tese de doutorado, na qual ele afirmou que Jesus não dissolveu a lei Judaica, mas sim interpretou-a de acordo com o sentido do seu tempo. O fato curioso ocorreu pouco antes de sua aposentadoria, quando ele causou um escândalo ao afirmar que nunca havia deixado a Igreja Católica Romana e sempre fora católico.
A ideia sobre Jesus defendida por Berger foi aceita em 1991 e é agora considerada oficial pela Igreja Católica.

A formação
Klaus Berger se formou no colegial do conselho humanista de Goslar. A partir de 1960, estudou teologia e filosofia católica, e línguas cristãs orientais (aramaico, sírio, etíope, árabe) na Universidade Ludwig Maximilians em Munique, na Universidade Livre de Berlim e na Universidade de Hamburgo. Em 1965, ele passou no exame da faculdade de teologia em Munique e recebeu seu doutorado no Novo Testamento em 1967. Na dissertação, algumas posições foram consideradas heréticas, razão pela qual ele não podia mais se tornar um padre católico. Em 1971, ele se habilitou na mesma disciplina na Universidade de Hamburgo, na Faculdade Teológica Protestante.
De 1974 até sua aposentadoria em 2006, ensinou Novo Testamento na Faculdade Teológica Protestante da Universidade de Heidelberg. 
Berger teve dois filhos de seu primeiro casamento com Christa Berger. Teve um segundo casamento com a cientista Christiane Nord. 
Berger faleceu em Heidelberg.


Obras de Klaus Berger traduzidas para o português:









domingo, 28 de junho de 2020

522 - Morreu o teólogo James D. G. Dunn.





O teólogo James Dunn, 80 anos, faleceu na última sexta-feira, dia 26 de junho de 2020.
James Douglas Grant Dunn, nasceu em 21 de outubro de 1939, foi um renomado estudioso do Novo Testamento, foi por muitos anos professor no Departamento de Teologia da Universidade de Durham. Fez história dentro e fora da tradição protestante.
Dunn nasceu em Birmingham, Inglaterra. Se tornou ministro da Igreja da Escócia em 1964.  Foi capelão de estudantes estrangeiros na Universidade de Edimburgo em 1968-70. Em 1970, Dunn tornou-se professor de divindade na Universidade de Nottingham, depois foi promovido a professor emérito em 1979. Em Nottingham serviu como um pastor local, Metodista.
Em 2006, Dunn tornou-se membro da Academia Britânica. A obra de James Dunn está associada à Nova Perspectiva sobre Paul, junto com N. T. Wright e E. P. Sanders.


O Cristianismo em seus primórdios, monumental obra de James Dunn:

Jesus Recordado: O cristianismo em seus primórdios I
Jesus Recordado é o primeiro dos três volumes do “cristianismo em seus primórdios”, uma história monumental sobre os primeiros cento e vinte anos da fé cristã, uma obra seminal sobre Jesus e as origens do cristianismo. Um livro absolutamente essencial para estudiosos e padres, mas acessível e recomendado também para pessoas instruídas em geral, graças ao estilo claro e fluido de Dunn.









Começando em Jerusalém – 1: O cristianismo em seus primórdios II
A partir de Jerusalém está o segundo volume da esplêndida trilogia cristianismo em seus inícios. Neste primeiro volume, James Dunn começa precisamente de onde o volume I, Jesus lembrou, concluiu e estuda a formação do cristianismo em seus primeiros tempos, entre os anos 30 e 70 dC. C. Depois de descrever em suas linhas principais a busca pela Igreja histórica - paralela à do Jesus histórico - e examinar as fontes, James Dunn acompanha com maestria o desenvolvimento do movimento nascido de Jesus. A esses pré-fenômenos interessantes e indispensáveis, segue-se uma análise meticulosa do que pode ser dito sobre a primeira comunidade de Jerusalém, os helenistas, a missão de Pedro e a entrada de Paulo em cena. Escrito com a profundidade de um estudioso como James Dunn, e ainda acessível a uma ampla variedade de audiências. Começando em Jerusalém, junto com os outros dois volumes da trilogia.



A partir de Jerusalém – 2: O cristianismo em seus primórdios II
A partir de Jerusalém está o segundo volume da esplêndida trilogia cristianismo em seus inícios. Neste volume 2 de Partindo de Jerusalém Dunn enfoca o estudo de Paulo: a cronologia de sua vida e missão, sua concepção da comissão apostólica que ele recebeu e o caráter das igrejas de sua fundação. A última parte de "A partir de Jerusalém" examina os dias finais e o legado literário das três figuras principais da primeira geração cristã: Paulo, Pedro e Tiago. E cada seção, por meio de notas de rodapé convenientes, esclarece, ressalta ou expande aspectos de interesse para os leitores em geral, ao mesmo tempo em que guia especialistas, poupando a bibliografia necessária. por mais acessível a uma ampla variedade de públicos, “A partir de Jerusalém”, junto com os outros dois volumes da trilogia.



Nem judeu nem grego: O cristianismo em seus primórdios III
O terceiro e último volume da história magistral escrita por James Dunn sobre os primeiros cento e vinte anos da fé cristã, intitulada Nem judeus nem gregos. Uma identidade questionada abrange o período após a destruição de Jerusalém em 70 d.C. E o século II, quando o ainda novo movimento de Jesus consolidou seus próprios marcadores de identidade e as estruturas sobre as quais estabeleceria sua crescente atratividade nas décadas e nos séculos seguintes.
Dunn examina em profundidade os principais fatores que moldaram a primeira geração do cristianismo e até a seguinte, explorando os diferentes caminhos adotados pelo cristianismo e judaísmo, a helenização do cristianismo e as respostas ao gnosticismo. Examine todas as fontes do primeiro e do segundo séculos, incluindo o Novo Testamento, os apócrifos do Novo Testamento e os escritos dos Padres da Igreja, como Inácio de Antioquia, Justino Mártir e Irineu, mostrando que a tradição de Jesus e as figuras de Tiago, Paulo, Pedro e João eram influências ainda estimadas, mas já objeto de intensa controvérsia, enquanto a Igreja lutava com sua identidade em evolução.
Como abrange de maneira abrangente uma era importante e complexa do cristianismo, muitas vezes predeterminada, o presente volume representa uma contribuição de primeira linha ao conhecimento desse campo.



Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.