domingo, 3 de agosto de 2014

146 - Batismos e rituais de água



Batismos e rituais de água eram bastante comuns em todo o antigo Oriente Próximo. Bandos de “grupos de batismo” percorriam a Síria e a Palestina iniciando os fiéis em suas ordens imergindo-os em água. Gentios convertidos ao judaísmo muitas vezes tomavam um banho cerimonial para livrar-se de sua antiga identidade e entrar na tribo escolhida. Os judeus reverenciavam a água por suas qualidades liminares, acreditando que ela tinha o poder de transportar uma pessoa ou objeto de um estado a outro: do sujo ao limpo, do profano ao sagrado. A Bíblia está repleta de práticas de ablução: objetos (uma tenda, uma espada) eram aspergidos com água para serem dedicados ao Senhor, as pessoas (os leprosos, as mulheres menstruadas) eram totalmente imersas em água como um ato de purificação. Os sacerdotes do Templo de Jerusalém derramavam água em suas mãos antes de se aproximarem do altar para fazer sacrifícios. O sumo sacerdote passava por uma imersão ritual antes de entrar no Santo dos Santos no Dia da Expiação (Yom Kippur), e por outra imediatamente depois de tomar sobre si os pecados da nação. Os essênios também praticavam um ritual de iniciação com água único, uma espécie de batismo, que era usado para receber novos recrutas em sua comunidade.
Josefo afirma que o batismo de João “não era para a remissão dos pecados, mas para a purificação do corpo”. Isso faria do ritual mais um rito de iniciação, um meio de entrar em sua ordem ou seita (João pode ter sido um essênio).    

Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.