sábado, 7 de setembro de 2013

81 - Milton Schwantes: Bíblia e paixão, Leituras e releituras


Semana de Estudos Teológicos 2013 – Bíblia
II Simpósio da Rede de Homilética

“Milton Schwantes”: Bíblia e paixão, Leituras e releituras
21 a 23 de outubro de 2013




Programação

21 de outubro, segunda-feira
7h30 às 11h: Apresentação de Trabalhos de Pesquisa da FaTeo
11h00 às 12h00: Assembleia e Simpósio de Homilética
19h30 às 22h00: Celebração de Abertura
Pregação: Carlos Musskopfe
Participação: Rosi Schwantes
Painel 1: “A Bíblia como Palavra”
Tércio Machado Siqueira
Rui de Souza Josgrilberg

22 de outubro, terça-feira
7h30 às 11h: “A Bíblia como Palavra”
Painel 2: Tércio Machado Siqueira
Rui de Souza Josgrilberg
Flávio Schmitt
11h00 às 12h00: Assembleia e Simpósio de Homilética
14h00 às 17h00: Minicurso: Interlinear da Bíblia Hebraica  – Edson Faria Francisco
Minicurso: Salmos de Subidas – Grupo de Estudo
Minicurso: A Bíblia no Culto – Rede de Homilética
19h30 às 22h00: “Bíblia e Paixão”
Painel 3: Renatus Porath
Silvana Suaiden

23 de outubro, quarta-feira
7h30 às 11h: “Releituras da Bíblia”
Painel 4: Paulo Roberto Garcia
José Ademar Kaefer
Celebração de Encerramento
Pregação: Luiz Carlos Ramos
Participação: Tércio Siqueira/Suely Xavier
14h00 às 17h00: Minicurso: Apresentação de trabalhos de ex-alunos do Prof. MiltonSchwantes
Minicurso: A Bíblia e a Pregação – Rede de Homilética
19h30 às 22h00: “Releituras da Bíblia”
Painel 5: Samuel Salgado de Freitas
Suely Xavier dos Santos

24 de outubro, quinta-feira
7h30 às 11h: Apresentação de Trabalhos de Pesquisa da FaTeo.
19h30 às 22h00: Apresentação de Trabalhos de Pesquisa da FaTeo.

25 de outubro, sexta-feira
7h30 às 11h: Apresentação de Trabalhos de Pesquisa da FaTeo.
19h30 às 22h00: Apresentação de Trabalhos de Pesquisa da FaTeo.

Como se inscrever
Para participar da Semana de Estudos Teológicos e II Simpósio da Rede de Homilética, basta remeter os dados abaixo, juntamente com cópia do recibo de depósito da taxa de inscrição. 


80 - LAT 2 - A Libertação do Povo de Deus

Leituras no Antigo Testamento: A Libertação do Povo de Deus

   




Introdução
Vários grupos contribuíram para que se formasse o povo de Israel. Os escritores da Bíblia contam a história como se fosse um só grupo (todos os filhos de Israel) e numa sequência única (patriarcas - Êxodo – deserto de Sinai – conquista de Canaã). É a trajetória simplificada de um processo muito maior que implicou lutas pela liberação em vários lugares. Sem dúvida nenhuma, a luta para sair do Egito foi a mais empolgante, pois é a história do grupo que esteve nas barbas do Faraó e conseguiu escapar.

1 O povo que busca auxílio   
Na Bília encontramos a história do pessoal indo para o Egito a pedir auxílio para o Faraó. Por quê? Por causa da fome (cf. Gn 41.50-42.7). Em períodos de grande seca e carestia, muita gente ia para o Egito, onde esperava encontrar meios para sobreviver. Mais ou menos como hoje se busca as grandes cidades. Num período difícil de se determinar, uma dessas levas se estabeleceu na região de Gessen, no norte do Egito. Talvez ela tivesse sido ajudada por fatores políticos (cf. a História de José). Os egípcios chamavam a esse pessoal de hebreus que, na época, significava gente sem origem definida, desordeiros e até subversivos.

2 O Faraó manda e não pede
Até que dava para ir tocando a vida aí na terra de Gessen, contanto que se obedecesse ao sistema do Faraó. A ocupação mais comum era cuidas das plantações junto ao rio Nilo. Na época das cheias, quando não dava para plantar, o Faraó ocupava a mão de obra para fazer construções públicas ou de interesse: diques, canais, monumentos, pirâmides, armazéns, palácios, etc. tudo funcionava segundo o sistema tributário, isto é, pagando impostos. Grande parte do que era produzido ia para Faraó; aqueles que plantavam e colhiam ficavam mais empobrecidos, e a desigualdade era cada vez maior. Os hebreus não suportavam esse sistema, mas qualquer tentativa de revolta seria desobedecer à religião do Faraó.
Por volta de 1290-1224 a.C., o Faraó era Ramsés II. Ele resolveu construir uma cidade e armazéns aí na região de Gessen, onde trabalhavam os hebreus; era intransigente, e começou a exigir trabalhos cada vez mais forçados. Foi à gota d’água para os hebreus, que não suportavam esse sistema de dominação.

3 Escapando da escravidão
Moisés, um hebreu de nascimento, liderou a revolta contra essa opressão brutal. Educado na corte do farão, não suportou a amargura que seus irmãos enfrentavam. Com Moisés e a união de outros líderes, os hebreus tentaram convencer o Faraó de deixar que saíssem, para buscar nova vida em outros lugares. Mas a mão-de-obra era muito importante para o Faraó terminar suas construções. O opressor nunca concede a liberdade. É preciso lutar para consegui-la. Foi o que os hebreus fizeram: forçaram o Faraó de muitas maneiras e realizaram muitos estragos, até que conseguiram escapar, deixando o Faraó inconformado. Este tentou ainda impedir que os hebreus fossem embora, mas eles conseguiram atravessar águas e pântanos e fugir para o deserto. Parece tão simples, mas sabemos como é difícil escapar das garras do opressor! Essa gente um dia havia chegado aí, empurrada pela carestia e fome. Mas sempre preservou o ideal de vida livre e igualitária. A escravidão despertou neles esse ideal adormecido: lutaram e escaparam. Isso será lembrado de geração em geração como um fato grandioso.

Conclusão
O Egito tinha seus deuses, que mantinham as coisas como o Faraó desejava. Os hebreus não podiam adorar esses deuses, porque não queriam as coisas como estavam. Eles adoravam outro Deus: o Deus dos hebreus (cf. Êx 3.16-20). Ele estava presente e foi o grande vencedor. Nada foi feito sem ele. Realizou coisas maravilhosas, tirando-os da opressão. Tudo foi conseguido com luta, mas essa luta teria dado em nada se o Deus dos hebreus não estendesse seu braço e sua mão forte. Esse Deus é o mesmo que sustentava o ideal de liberdade dos patriarcas. O Deus de Abraão, Isaque e Jacó é o mesmo que o Deus dos hebreus.

Para saber mais:
BALANCIN, Euclides Martins. Historia do Povo de Deus. São Paulo: Paulus, 1989.

GASS, Ildo Bohn (org.). Uma Introdução à Bíblia: Formação do Povo de Deus. São Paulo: Paulus; Cebi, 2002.
RUBENS, Souza. Estudos Bíblicos. São Paulo: Kerygma, 2013.

79 - LAT 1 - Origem do Povo de Deus

Leituras no Antigo Testamento: Origem do Povo de Deus



  
Introdução
A maioria dos acontecimentos conservados na Bíblia são histórias contadas pelo povo e que foram passando de geração em geração. E sem a preocupação de que alguém um dia dissesse: “Isso não é histórico, porque não dá para provar que aconteceu assim mesmo”. As partes mais difíceis de guardar e entender são justamente aquelas que foram retiradas, não da história do povo, mas dos relatórios dos reis e conservadas em arquivos oficiais.
Tem outro dado importante para entender como a Bíblia conta a história: a certeza de que Deus está no meio de tudo isso, presente para conduzir o seu povo através dos tempos e lugares. Assim, uma chuva de pedra que ajuda a se safar do inimigo, é ação de Deus que protege; se a chuva de pedra estraga a plantação, é Deus que adverte sobre alguma coisa errada que está acontecendo no país.
A Bíblia, portanto, lembra o passado de maneira popular e, ao mesmo tempo, vê os acontecimentos como instrução de Deus, que liberta e corrige.

SALMOS 78.1-8
Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os vossos ouvidos às palavras da minha boca.
Abrirei a minha boca numa parábola; falarei enigmas da antiguidade.
Os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado.
Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez.
Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, a qual deu aos nossos pais para que a fizessem conhecer a seus filhos;
Para que a geração vindoura a soubesse, os filhos que nascessem, os quais se levantassem e a contassem a seus filhos; Para que pusessem em Deus a sua esperança, e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos.
E não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração que não regeu o seu coração, e cujo espírito não foi fiel a Deus.

1 Tudo começa com gente inconformada
A história do povo de Deus se inicia com grupos que não suportam qualquer tipo de opressão. Deixam a segurança da qual poderiam gozar dentro ou ao redor das cidades, chamadas de cidades-estado, onde trabalhavam como agricultores ou em outra profissão, e se tornam pastores. Preferem a vida de liberdade em regiões menos seguras, pois sabem que se ficassem dependentes dos mandões da cidade, teriam que aceitar um jogo de cartas marcadas, e que sempre perderiam e seriam oprimidos. Saem, deslocando-se de um lugar para outro, estabelecendo-se provisoriamente ao largo das cidades atrativas, mas opressoras, contra as quais procuram se defender mutuamente (cf. Gn 14.1-16). Ficam de fora, só se servindo das cidades quando conseguem tirar algum proveito, sem se submeter.

2 Quando aconteceu tudo isso?
É difícil dizer com clareza a época em que esses grupos rebeldes e avessos a sistemas opressores, isto é, quando Abraão, Isaque e Jacó começaram a se movimentar, até chegar na terra de Canaã. Provavelmente foram levas que se deslocaram em períodos diferentes. O povo da Bíblia não se preocupou em marcar datas, talvez nem mesmo soubesse direito. Os historiadores tentam achar uma data varia entre 1950 até 1300 a.C.! o povo simplesmente conta histórias sobre as famílias de Abraão, Isaque e Jacó...

3 O que era uma cidade-estado?
Era uma cidade governada por um rei. Era independente, como se fosse um pequeno país, cercada de muralhas, para evitar as invasões dos inimigos. Tinha uma parte alta, chamada acrópole, onde ficava o palácio do rei, o templo, e onde morava a classe dominante, gente da elite. Na parte baixa ficava o mercado e o casario de gente mais pobre, como pequenos comerciantes, artesãos e pessoal de segundo escalão.
Ao redor da cidade havia terras cultivadas por camponeses, que aí moravam em casas pequenas, desprotegidas, pois estavam fora das muralhas. O rei dava certa proteção com soldados, mas exigia em troca completa submissão. Com seu trabalho e lavoura esses camponeses sustentavam os grandes, que viviam na parte alta, pagando a eles tributo. Na maioria das vezes, sobrava para eles muito pouco da colheita e, por isso, viviam como escravos e numa situação miserável. Em Canaã, essas cidades-estado faziam parte do império do Egito, e pagavam tributo ao Faraó. E os camponeses tinham também que arcar com parte desse tributo.

4 Até Deus é diferente
Os deuses das cidades ficavam nos templos, e eram adorados porque mantinham a ordem, deixavam as coisas como estavam, sem mudança nenhuma. Quem quisesse adorá-los, deveria aceitar o sistema. Os grupos rebeldes de Abraão, Isaque e Jacó tinham seu próprio Deus. Para mostrar como era diferente dos ídolos das cidades, o povo passou a chamá-lo de “Deus de nossos pais”, ou “Deus de Abraão, Isaque e Jacó”. Não era um Deus preso num templo; ele estava sempre junto, por toda parte onde iam. Um Deus livre como eles: fora da cidade e sem compromisso com nenhum sistema estabelecido.

5 Estar unidos para se defender da exploração
Esses grupos, quando entram na terra de Canaã, procuram pastagens, uns ao sul, outros ao norte. As “famílias” de Abraão-Isaque escolheram o sul, e a de Jacó ficou mais ao norte. O povo se lembra desses grupos já unidos, mantendo laços de família. Mesmo que, muitas vezes, não fossem do mesmo sangue, tinham o mesmo objetivo, e isso fazia com que se considerassem irmãos.
É interessante notar também que, mesmo entre esses grupos, havia separações e brigas. Elas aconteciam quando um grupo queria ficar sob a dependência da cidade (leia a história de Abraão e Ló, em Gn 13); ou quando um grupo queria explorar o outro; então o explorado reagia, aproveitava o que podia e se afastava (cf. a história de Labão e Jacó, em Gn 29-31).

O mesmo território, onde se formou e se estabeleceu o povo de Deus, recebeu, em épocas diferentes, três nomes:
CANAÃ: antes que o povo de Israel se formasse. O território estava nas mãos dos reis das cidades-estados, e fazia parte do império do Egito.
ISRAEL: quando os diversos grupos se uniram e se estabeleceram de maneira estável.
PALESTINA: quando outras grandes potências passaram a dominar a região.

Conclusão
O povo reconheceu que a conquista da terra de Canaã foi um dom de Deus. Eles repetiam, diante do sacerdote, como verdade de fé: “Meu pai era um arameu errante...” (Dt 26.4-5). Depois, contavam uns aos outros as histórias de Abraão, Isaque e Jacó...



Para saber mais:
BALANCIN, Euclides Martins. Historia do Povo de Deus. São Paulo: Paulus, 1989.
GASS, Ildo Bohn (org.). Uma Introdução à Bíblia: Formação do Povo de Deus. São Paulo: Paulus; Cebi, 2002.
RUBENS, David. Estudos Bíblicos. São Paulo: Kerygma, 2013.


78 - Seminário ABIB-SP. Hermenêutica

ABIB SP Realiza seminário sobre Hermenêutica dia 28/09


José Maria Vigil é um dos grandes defensores da opção pelos pobres e há certo tempo também da “teologia do pluralismo religioso”. Pe. Vigil coordena a Comissão Teológica Latino-Americana da ASETT (Associação de Teólogos/as do Terceiro Mundo) e o website Koinonia ( http://www.servicioskoinonia.org).
 Além disso, o encontro abrirá espaço para outras confissões religiosas e áreas teológicas. Um painel com o tema “Bíblia, Pluralismo e Perspectivas” terá a participação do prof. Claudio Ribeiro, metodista, Profa. Haidi Jarschel, luterana, e o prof. Alexandre Leone, rabino.
O seminário acontecerá mais uma vez nas dependências da FATIPI (Faculdade de Teologia da Igreja Presbiteriana Independente), que fica na Rua Genebra, no. 80 - São Paulo. A programação começará às 08 da manhã e irá até as 17h. Os participantes que desejarem certificado deverão colaborar com R$ 10,00.
 A regional ABIB de SP é coordenada pela Monika Ottermann e José Ademar Kaefer, além da mobilização de outros associados ABIB na região.

Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.