domingo, 11 de janeiro de 2015

198 - Karl Barth: A Pregação e o Pregador


197 - Karl Barth: A Obra de Cristo


196 - Rudolf Bultmann: Reino de Deus


195 - Adolf Harnack (1851-1930)

Historiador e teólogo da chamada “escola liberal” alemã. Depois de ter passado por várias universidades, exerceu o magistério na Universidade de Berlim de 1889 a 1921. Considerado o melhor especialista de sua época em temas patrísticos do período anterior a Nicéia (325), provocou a oposição de grande parte das Igrejas cristãs por sua interpretação dos evangelhos, da figura de Jesus, assim como do dogma e da moral cristã.
A obra mais volumosa de Harnack é a História do dogma (1886-1889). Seus três volumes originais cobrem a história do cristianismo desde as origens até depois da Reforma. Nela expõe suas teorias sobre a história do cristianismo:
a) O evangelho foi corrompido pela influência da filosofia grega, e mais concretamente pela “helenização” subsequente.
b) A religião simples de Cristo foi trocada por Paulo em “religião sobre Cristo”.
c) Essa religião sobre Cristo sofreu uma transformação ulterior no dogma da Encarnação do Filho de Deus.
Harnack resumiu seu pensamento sobre o cristianismo numa série de conferências populares que se publicaram depois com o título de A essência do cristianismo (1898-1900).
Do ponto de vista histórico, Harnack estuda a figura de Cristo e sua mensagem. Distingue o medular do evangelho e o acrescido ao longo do tempo. Resume a essência do evangelho nestes pontos:
a) Cristo anunciou o Reino de Deus e sua vinda.
b) Deus é Pai.
c) O mandamento do amor constitui a suprema lei e santidade.
Tudo o mais não é essencial à mensagem do Evangelho é “um adendo da história”. Tal é, por exemplo, a poluição do evangelho pela filosofia grega, a asfixia da liberdade evangélica pelo legalismo eclesiástico e a fossilização da mensagem viva num dogma imutável. Porém, apesar de tudo, a doutrina do evangelho continua viva e chega até nós.
Foi enorme a influência de Harnack na “escola liberal” e em geral no mundo científico leigo. Popularizou a imagem do Jesus histórico desprovido de todo halo sobrenatural e fez da teologia uma simples narração histórica.







Estilo de Normalizar Citação De Acordo com as Normas da ABNT para Trabalhos Acadêmicos.

RUBENS, David. Adolf Harnack (1851-1930) http://biblicoteologico.blogspot.com.br/2015/01/adolf-harnack-1851-1930.html. Acesso em: _____________.




quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

194 - Karl Barth: teólogo mais importante do século XX

Karl Barth nasceu em Basel, na Alemanha, em 10 de maio de 1886. Seu pai era teólogo Fritz Barth. Na idade de dezesseis anos, Barth decidiu tornar-se teólogo, e em 1904 (aos dezoito anos) começou seus estudos na Universidade de Berna, inicialmente, recebeu instruções de seu pai. Barth estudou em algumas das melhores instituições da Alemanha, Berlim, Tübingen e Marburgo, além de Berna. Barth tornou-se um aprendiz de pastor em Genebra em 1909 e em seguida, pastor da vila suíça Safenwil em 1911. Dedicou muito dos seus anos de vida a pregação. Durante a década de 1920, Barth ensinou teologia na Universidade de Göttingen e, posteriormente, na Universidade de Münster.
Embora suíço-alemão, Karl Barth recusou ser intimidado pela tentativa nazista de dominar a vida religiosa na Europa Central. Barth foi influência importante por trás da formação da Igreja Confessional Alemã, que permaneceu fiel ao cristianismo ortodoxo e oposta a Hitler. Depois da guerra, Barth continuou ensinando teologia, muitas vezes nas ruínas das universidades alemãs bombardeadas. Suas pregações, escritos e ensinamentos causaram enorme impacto na Europa e nos Estados Unidos. Suas conferências e caráter inspiraram esperança em uma sociedade despedaçada e desanimada. Para Barth, os horrores da guerra só podiam ser entendidos em termos de pecado e em necessidade de redenção, e não da ignorância e cm necessidade de conhecimento, como ensinava o liberalismo clássico. A humanidade podia ter esperança, mas só com base na obra de Cristo na cruz.
A contribuição mais importante de Karl Barth para o pensamento cristão foi uma restauração de uma teologia centrada em Deus baseada na revelação divina da Palavra de Deus em Cristo, Escritura e pregação. Na opinião de muitos historiadores da Igreja, Karl Barth é o teólogo protestante mais importante do século XX. A obra mais famosa de Barth foi “Comentário aos Romanos” e, “Dogmática da Igreja”, um trabalho de quatorze volumes que ele continuou a desenvolver ao longo de sua vida e que permaneceu incompleto na sua morte.
Embora Barth tivesse sido atraído pelo liberalismo protestante clássico no início da carreira, suas experiências como pastor jovem de 1911 a l 921 levou-o a inverter sua posição teológica. A rejeição de Barth do liberalismo e seu otimismo alegre sobre a natureza humana foi somente aprofundada pelo imenso sofrimento da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Significativamente influenciado pelos escritos de Martinho Lutero, Barth voltou-se à revelação divina da Escritura em busca da verdade. Diferente do liberalismo protestante, que via a Escritura nada mais que sabedoria humana e literatura bonita, Barth enfatizou que a Escritura continha a revelação de um Deus todo poderoso e transcendente.
Barth suspeitava das habilidades da razão humana, e enfatizava a necessidade de o Espírito Santo tornar as palavras da Escritura em valor espiritual. Junto com outros teólogos, especificamente Emil Brunner e os americanos Reinhold e Richard Niebuhr, Karl Barth enunciou habilmente as doutrinas cristãs tradicionais. Através do trabalho deles, doutrinas cristãs essenciais, como a realidade do pecado e a separação de Deus, a importância da redenção em Cristo e a convicção em um Deus transcendente, recuperaram credibilidade acadêmica. Karl Barth morreu em 10 de dezembro de 1968.

 Livros de Karl Barth em Português:

Coleção Karl Barth





















Batismo em diferentes visões Karl Barth Oscar Cullmann












Introdução a Teologia Evangélica











A Proclamação do Evangelho












Carta aos Romanos












Chamado ao Discipulado












Credo, Comentário ao Credo Apostólico












Dádiva e Louvo












Esboço de uma Dogmática












Fé em busca de compreensão












O Pai nosso, a oração que Jesus ensinou aos seus discípulos












Palavra de Deus, Palavra do Homem












Revelação de Deus como sublimação da religião












Senhor ouve nossa oração













Estilo de Normalizar Citação De Acordo com as Normas da ABNT para Trabalhos Acadêmicos.
RUBENS, David. Karl Barth: teólogo mais importante do século XXhttp://biblicoteologico.blogspot.com.br/2015/01/karl-barth-teologo-mais-importante-do.html. Acesso em: _____________.

193 - Hans Küng: ser cristão hoje

Hans Küng (Sursee, 19 de março de 1928) teólogo suíço, filósofo e professor de teologia.
Küng estudou teologia e filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote em 1954. Continuou a sua educação em várias cidades européias, incluindo Sorbonne em Paris. Sua tese doutoral foi "Justificação: A doutrina de Karl Barth e uma reflexão católica".
Em 1960, Küng foi nomeado professor de teologia na Universidade Eberhard Karls em Tübingen, Alemanha. Juntamente com o seu colega Joseph Ratzinger (futuro Papa Bento XVI), foi apontado como perito pelo Papa João XXIII como consultor teológico para o Concílio Vaticano II.
No final da década de 1960, Küng iniciou uma reflexão rejeitando o dogma da Infalibilidade Papal, publicada no livro  "Infalibilidade? Um inquérito" em 18 de janeiro de 1970.
Em consequência disso, em 18 de dezembro de 1979, foi revogada a sua licença pela Igreja Católica Apostólica Romana de oficialmente ensinar teologia em nome dela, mas permaneceu como sacerdote e professor em Tübingen até a sua aposentadoria em 1996.
Em 26 de setembro de 2005, ele e o Papa Bento XVI surpreenderam ao encontrar-se para jantar e discutir teologia.
Küng defende o fim da obrigatoriedade do celibato clerical, maior participação laica e feminina na Igreja Católica, que, segundo sua interpretação, seria um retorno da teologia baseada na mensagem da Bíblia.


A Igreja tem salvação
Hans Küng analisa o passado, o presente e o futuro da Igreja ao abordar assuntos que estão intimamente relacionados com ela, como o Concílio Vaticano II, a Reforma Protestante, e demais temas.
“Na atual conjuntura já não é possível calar de maneira responsável: há décadas tenho feito observar a grande crise que a Igreja Católica atravessa – na verdade, uma crise de direção, com seus desdobramentos –, a produzir resultados diversos em diferentes esferas, além de consequências razoáveis para a hierarquia católica”, explica o autor.
Küng acrescenta que ele se vale de uma metáfora da medicina neste trabalho, pois a relação entre saúde e doença permite estabelecer um paralelo entre a condição de organização da Igreja e o organismo humano. Dessa forma, ele confirma a sua posição de “terapeuta e não de juiz”.
“O crucial de minha crítica incide sobre o sistema romano, e é claro que devo fundamentá-la ponto por ponto. Neste livro eu empenhei um esforço contínuo para emitir um diagnóstico sério, como numa proposta terapêutica eficaz. Sem dúvida, a Igreja não raro precisará de um remédio amargo, indispensável se ela quiser convalescer”, alerta.
Dividido em seis partes, apresentação e conclusão, o livro é uma ferramenta valiosa para a Igreja nos dias de hoje, pois traz temas importantes e dignos de reflexão. O intuito é oferecer uma crítica séria, capaz de incentivar eventuais mudanças positivas.


Religiões do mundo; em busca dos pontos comuns
"Não haverá paz entre as nações, se não houver paz entre as religiões." Esta é tese básica deste livro. E nada mais oportuno e atual do que esse tema, tratado por um teólogo de renome, conhecedor profundo não só da própria religião – a católica romana –, mas também das outras, sobre as quais faz exposições precisas, analisando-as com imparcialidade e, sobretudo, com enorme respeito. Assim, começando pelas religiões tribais, Hans Küng vai delineando o panorama das religiões todas, passando pelo hinduísmo, pelas religiões chinesas, pelo budismo, pelo judaísmo, pelo cristianismo e pelo islamismo, destacando suas características, seu desenvolvimento de acordo com as circunstâncias políticas e sociais, apontando suas idiossincrasias, mas, principalmente, realçando seus pontos comuns e o padrão ético subjacente a todas elas. É obra de um mestre. E, embora densa, consistente, profunda, é ao mesmo tempo simples, leve, interessante e bem ao alcance de qualquer pessoa que traga dentro de si o desejo de buscar uma vida interior mais rica, engajada num mundo de diferenças, mas também de semelhanças. Sem dúvida alguma, é uma obra que alcança o objetivo a que se propõe: ver no mundo a possibilidade de plantar a paz entre as pessoas, entre as religiões, entre as nações, em busca de uma ética mundial, de um etos universal.


Por que ainda ser cristão hoje?
Com uma edição única e especialmente revisada pelo autor para o Brasil, esta obra do teólogo Hans Küng apresenta de forma clara e apaixonante o depoimento de um padre católico, que desde a década de 60 questiona as doutrinas tradicionais da Igreja. Apesar das críticas e preocupações o teólogo acredita na história e na tradição, que ele aceita e abraça, sem confundir a grande causa cristã com as atuais e anacrônicas estruturas da Igreja. "Por que ainda ser cristão hoje?" É um relato esperançoso de um homem que, aos 76 anos, ainda acredita no cristianismo e em seu significado. O livro apresenta Jesus de Nazaré, o Cristo, como a essência do cristianismo. E ser cristão é orientar-se por esse Jesus Cristo em sua caminhada individual. Embora fiel às teses que sempre defendeu em seu ministério - a pregação do ecumenismo, a eucaristia partilhada, o acolhimento a homossexuais, uma maior participação das mulheres na Igreja - Hans Küng permanece na Igreja Católica Apostólica Romana, convicto de que pode contribuir para que ela se modernize e vá ao encontro das necessidades dos fiéis.


Freud e a questão da religião

Muito tem sido escrito e discutido sobre o ateísmo de Freud e sobre as conseqüências de suas teorias a respeito da religião na atual prática psicanalítica. Afinal, Freud sempre foi ateu? O que é religião para ele? Como outros psicanalistas reagiram a suas teorias? Hoje elas ainda possuem fundamento ou já ficaram ultrapassadas? Neste livro, Hans Küng, analisa o ateísmo do pai da psicanálise e procura explicações para ele, passando pela infância de Freud e seu convívio com a família e com os ritos judaicos, até seus estudos de fisiologia e sua teoria psicanalítica. Além de Freud, Küng também analisa a questão da religião em outros autores que viriam a discordar das idéias freudianas. Como cristão, Küng reage contra a repressão à religião realizada pela psicologia e procura reconciliar essas duas áreas. Conclui que teólogos têm muito a aprender com psicólogos e vice-versa - e ambos podem colaborar para que o homem moderno encontre um novo sentido espiritual para a vida. O teólogo trata de todos esses assuntos com o brilhantismo que lhe rendeu um importante prêmio da Associação Americana de Psiquiatria.



Estilo de Normalizar Citação De Acordo com as Normas da ABNT para Trabalhos Acadêmicos.
RUBENS, David. Hans Küng: ser cristão hojehttp://biblicoteologico.blogspot.com.br/2015/01/klaus-berger-especialista-em-novo.html. Acesso em: _____________.

Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.