Klaus Berger (25 de Novembro de 1940 em Hildesheim, na Alemanha)
é um teólogo alemão, especialista em Novo Testamento. Professor de
Teologia em Heidelberg. Era católico, em 1967 passou a ser protestante,
quando a Faculdade de Teologia de Munique recusou a sua tese de
doutoramento, na qual ele afirmou que Jesus não dissolveu a lei
Judaica mas sim interpretou-a de acordo com o sentido do seu tempo. Esta idéia
foi, no entanto, aceita em 1991 e é agora considerada oficial pela igreja
católica.
Para que Jesus Morreu na Cruz
Diante da morte de Jesus na cruz a pergunta adequada não é pelo porquê,
mas pelo para quê. O teólogo não adota uma perspectiva de resposta na direção
das eventuais motivações de Deus para "sacrificar" Jesus, mas procede
a uma releitura consistente e inovadora da doutrina clássica da justificação,
para conduzir o leitor ao cerne da questão sobre o sentido do sofrimento de
Jesus como sacrifício. Para a presente pesquisa, a "fé na cruz" é
tudo menos glorificação da crueldade. Ao contrário, ela testemunha inequivocamente
a resposta à crueldade pelo amor de Deus aos inimigos.
As Formas literárias do Novo Testamento
O estudo das formas literárias combina a crítica dos gêneros literários
com a investigação de sua história. A crítica dos gêneros literários
investiga-os com base cm determinados critérios. A história dos gêneros é a
história de seu uso no quadro da história do Oriente Médio, do Oriente Próximo e
da Europa. A expressão “estudo das formas literárias” foi mantida porque a análise
da forma literária sempre é o primeiro passo do trabalho exegético.
Hermenêutica do Novo Testamento
O autor trata da situação das pessoas responsáveis pela interpretação de
textos bíblicos para a atualidade, incluindo-as no processo hermenêutico. Destaca
a história de modo geral e história das religiões, como marco do surgimento e
da compreensão dos textos neotestamentários, e ressalta que a Bíblia deve ser
interpretada com liberdade e fidelidade.
Toda pessoa que interpreta textos bíblicos para a atualidade precisa
confrontar-se com a questão dos critérios de tal interpretação. Neste livro,
Klaus Berger não propõe meramente regras abstratas, mas inclui no processo
hermenêutico as próprias pessoas responsáveis pela interpretação e definição de
critérios. Destaca, ainda, a história de modo geral e a história das religiões
como marco de surgimento e da compreensão dos textos neotestamentários. Insiste
que a Bíblia não deve ser interpretada de maneira legalista, mas com liberdade
e fidelidade. Distingue também entre a exegese e a aplicação como duas
abordagens diferentes. Partindo dos pressupostos éticos da compreensão, este
manual percorre todo o caminho da hermenêutica.
Psicologia histórica do Novo Testamento
O diálogo moderno entre a psicologia e a exegese, segundo especialistas,
está prejudicado por polêmicas e ainda precisa evoluir. Dessa forma, Klaus
Berger, sugere em seu novo trabalho, Psicologia histórica do Novo
Testamento, um avanço na exegese, preparada de tal forma que uma “conversa”
direta se torna possível.
Segundo Berger, seu objetivo não é interromper o diálogo com psicólogos,
mas sim preparar textos da Bíblia a partir da competência do exegeta e sem se
esquecer de seu próprio ofício, de tal modo que possam ser percebidos num
diálogo da maneira mais inequívoca possível.
“Quando se enfatiza, dessa maneira, a alteridade e a forma própria de
afirmações bíblicas e a impossibilidade de instrumentalizá-las, não se trata de
uma finalidade em si. Trata-se da tentativa de oferecer à Bíblia, no quadro de
sua alteridade efetivamente compreendida, uma oportunidade real de colocar na
balança tanto sua função crítica como sua riqueza”, explica.
Dividido em onze capítulos, o livro apresenta as etapas das quais a
psicologia bíblica se serve para compreender como a realidade do ser humano se
apresenta no horizonte da revelação. O leitor encontrará, entre os diversos
assuntos abordados, análises sobre a percepção (visões, eventos míticos,
viagens celestiais, consciência etc.), a afetividade (alegria, temor,
preocupação etc.), a religião (fé, pecado, oração etc.) e até questões
relacionadas à possessão por demônios.
É possível acreditar em milagres?
A obra "foge" ao debate estreito da apologética moderna e se
orienta para a perspectiva mais ampla e mais profunda do universo como sinal,
já plenamente explicitada no evangelho de João. Nada impede que a mesma
interpretação seja legítima quando se trata de fatos da atualidade. Tanto mais
que, justamente, uma das características de nosso tempo é a superação do
racionalismo estreito da modernidade.
Qumran e Jesus
Estilo de Normalizar Citação De Acordo com as Normas da ABNT para Trabalhos Acadêmicos.
RUBENS, David. Klaus Berger: especialista em Novo Testamento de Heidelberg. http://biblicoteologico.blogspot.com.br/2015/01/klaus-berger-especialista-em-novo.html. Acesso em: _____________.
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