segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

557 - Simpósio ASTE 2020. Educação Teológica: Desafios atuais e o futuro. David Rubens de Souza.


Simpósio ASTE 2020. Como vai (e para onde) a educação teológica no Brasil? Reflexão sobre a situação atual e o futuro.

Mesa: Educação Teológica: Desafios atuais e o futuro. 15/12/2022. Prof. David Rubens de Souza.

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

556 - Box: Comentário à Carta de Paulo aos Romanos, Vol 01 e 02. James D. G. Dunn.


 

A magnitude e a robustez da obra Comentário à carta de Paulo aos Romanos, de autoria de James Dunn, são de tirar o fôlego de qualquer um, seja pela grandeza física seja pela amplitude e riqueza de seus temas, criteriosa e seriamente abordados. Trata-se de uma obra referencial para pesquisadores, professores e estudantes de teologia em geral, porém, muito mais para os teólogos bíblicos e, sobretudo, para os paulinos. A edição em português segue o esquema da obra original em inglês, com sua divisão em dois volumes (I: Romanos 1–8; II: Romanos 9–16). Dunn consagrou-se como renomado teólogo biblista do Novo Testamento; autor de muitas obras, inclusive com várias traduzidas e publicadas no Brasil. Mas, é neste grande Comentário que se encontra a summa cogitatio auctoris acerca da carta de Paulo aos Romanos, chamada por muitos de a Summa Theologia de Paulo, o “Apóstolo dos gentios” (Rm 11,13). Sua envergadura, abrangência e seriedade são tão grandes que ela será sempre lembrada e citada, ou seja, sempre terá alguma coisa a dizer e a colaborar em estudos posteriores. Não será possível fazer novos comentários à carta aos Romanos e ignorar este comentário. Pelo contrário, permanecerá sendo sempre um referencial para futuras pesquisas e análises da carta, pois seus insights são gigantescos e lungimirantes. Prof. Dr. Waldecir Gonzaga Diretor e professor de Teologia Bíblica do Departamento de Teologia da PUC-Rio.

 

Páginas. 1661

Editora: Academia Cristã; Paulus

Lançamento. 2022


segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

555 - Morreu E. P. Sanders, 21 de novembro de 2022, aos 85 anos.


 

Ed Parish Sanders (18 de abril de 1937 - 21 de novembro de 2022) foi um estudioso do Novo Testamento americano e um dos principais proponentes da “Nova Perspectiva de Paulo”. Ele foi um grande estudioso sobre o Jesus histórico e contribuiu para a visão de que Jesus fazia parte de um movimento de renovação dentro do judaísmo. Sanders identificou-se como um “protestante liberal, moderno e secularizado” em seu livro Jesus e o Judaísmo; o colega estudioso John P. Meier o chamou de protestante pós-liberal . Foi professor de artes e ciências da religião na Duke University , Carolina do Norte de 1990 até sua aposentadoria em 2005.

Sanders foi membro da Academia Britânica. Em 1966, ele recebeu o título de Doutor em Teologia pelo Union Theological Seminary na cidade de Nova York. Em 1990, ele recebeu o título de Doutor em Letras pela Universidade de Oxford e o título de Doutor em Teologia pela Universidade de Helsinque. Ele é autor, co-autor ou editor de 13 livros e numerosos artigos.

Sanders era conhecido por sua erudição do Novo Testamento. Seu campo de interesse especial foi o judaísmo e o cristianismo no mundo greco-romano. Foi um dos principais estudiosos da pesquisa histórica contemporânea sobre Jesus, a chamada “Terceira Busca”, que coloca Jesus no contexto do judaísmo. Nos estudos contemporâneos, Jesus é visto como o fundador de um “movimento de renovação dentro do judaísmo”, para usar a frase de Sanders. Ele defendeu a ideia de que Jesus foi um profeta apocalíptico.

Sanders argumentou que Jesus começou como um seguidor de João Batista e foi um profeta da restauração de Israel. Sanders viu Jesus criando um movimento escatológico judaico por meio de sua nomeação dos apóstolos e por meio de sua pregação e ações. Após sua execução (cujo gatilho foi Jesus derrubando as mesas no pátio do Templo de Herodes, antagonizando assim as autoridades políticas) seus seguidores continuaram o movimento, esperando seu retorno para restaurar Israel. Uma consequência desse retorno envolveria gentios adorando o Deus de Israel. Sanders não conseguiu encontrar pontos substanciais de oposição entre Jesus e os fariseus, e ele via Jesus como cumprindo a lei judaica e os discípulos como continuando a mantê-la (cf. por exemplo, Atos 3:1; 21:23–26, para sua adoração no Templo). Sanders também argumentou que as palavras de Jesus não determinavam inteiramente o comportamento e as atitudes dos primeiros cristãos , como é mostrado pela discussão de Paulo sobre o divórcio (1 Cor. 7:10–16), onde o último cita as palavras de Jesus e então dá sua própria decisão independente. Em uma entrevista, Sanders afirmou que Paul sentia que “ele era o modelo para suas igrejas”.

Em geral, Sanders enfatizou a importância do contexto histórico para uma compreensão adequada da religião do primeiro século. Ele tentou abordar o judaísmo em seus próprios termos, não no contexto dos debates protestantes-católicos do século XVI, a fim de redefinir as visões sobre o judaísmo, Paulo e o cristianismo como um todo. Como disse Sanders, ele leu Paulo em seu contexto, que é “a Palestina no primeiro século e especialmente o judaísmo do primeiro século”.  Nesse espírito, um dos artigos de Sanders é intitulado “Jesus no Contexto Histórico”. 

Sanders morreu em 21 de novembro de 2022, aos 85 anos.


554 - Dicionário de Temas Teológicos da Bíblia. Giacomo Perego


O Dicionário de temas teológicos da Bíblia se distingue por algumas características que merecem ser evidenciadas. O dado mais notório é que se dá uma específica atenção aos temas teológicos. Devido à complexidade do conceito de teologia bíblica, preferiu-se privilegiar uma série de temáticas presentes na Sagrada Escritura e típicas do seu conteúdo. Em chave teológica, concede-se espaço aos temas e às grandes seções da Escritura, como, por exemplo, a teologia do deuteronomista, dos livros proféticos etc. Os próprios livros bíblicos são apresentados singularmente segundo essa perspectiva. Destaca-se particularmente pelo perfil internacional de seus colaboradores. De fato, além de muitos italianos, envolveram-se também autores alemães, ingleses, franceses, portugueses, espanhóis e brasileiros. Assim, fica também documentado o alcance eclesial e ecumênico do empreendimento que honra a dimensão da própria Escritura enquanto patrimônio de uma comunidade formada “por todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9). 244 verbetes e mais de 140 autores fazem desta publicação um conjunto de grande relevo para o incremento da ciência bíblica no Brasil.

 

Sobre o Autor

Giacomo Perego, padre da Pia Sociedade de São Paulo, foi professor de Novo Testamento no Instituto de Vida Consagrada (Claretianum) da Pontifícia Universidade Lateranense de Roma e no Centro Interdisciplinar sobre a Comunicação Social da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Obteve o doutorado em Ciências Bíblicas no ano 2000 na École Biblique et Archéologique Française de Jerusalém, com uma tese sobre o episódio de Marcos 14,51-52.

 

Características

17.00cm x 24.00cm x 5.00cm

Edição: 1

Data de Publicação: 27/01/2023

ISBN: 9786555042092

Páginas: 1688


terça-feira, 23 de agosto de 2022

553 - Uma História de Israel: Leitura Crítica da Bíblia e Arqueologia. Shigeyuki Nakanose / Luiz José Dietrich / José Ademar Kaefer / Maria Antonia Marques / Antonio Carlos Frizzo.

 

A história de Israel apresentada neste livro é fruto da união do rigor da pesquisa acadêmica e do estudo das línguas bíblicas, com pesquisas e viagens de estudos arqueológicos. É um trabalho coletivo que procura elaborar uma história de Israel com os mais recentes achados e descobertas tanto dos estudos críticos da Bíblia como das novas interpretações vindas da arqueologia, mas quer também ser fiel aos ensinamentos dos nossos mestres da leitura popular da Bíblia, e por isso foi feito na perspectiva e no diálogo com os trabalhos de leitura comunitária da Bíblia nos movimentos populares e sociais, dentro de um projeto de transformação da sociedade, em busca de novos mundos possíveis.

 

Catálogo: Bíblico.

Assunto: História de Israel.

Coleção: Nova Coleção Bíblica.

P. 360. 

Editora Paulus

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

552 - Às origens da Torá - Novas descobertas arqueológicas, novas perspectivas. Thomas Römer, Israel Finkelstein.


 


Lançamento 2022.

 

Esta obra demonstra como é possível chegar a hipóteses mais sólidas mediante a reunião de observações arqueológicas e exegéticas. A aproximação da arqueologia e as ciências bíblicas trazem esclarecimentos mútuos sobre mitos que, por vezes, baseiam-se em contextos históricos quase “vestígios de memórias”. Este volume é uma contribuição valiosa para as disciplinas bíblicas e arqueológicas, e para o interesse dos biblistas pelo trabalho arqueológico, bem como dos arqueólogos pela exegese dita histórico-crítica. Vale recordar que tanto os biblistas quanto os arqueólogos se interessam pela diacronia, pelos estratos (de um sítio arqueológico ou de um texto), e por uma melhor compreensão de um passado, sem a qual é impossível compreender o presente.

 

Sumário

Sistema de transcrição do hebraico, 8

Introdução, 9

 1 A história do Antigo Israel entre arqueologia e texto bíblico – O estado da arte, 15

Breve histórico da pesquisa, 16

Como “ver a partir do centro”?, 20

Tudo é questão de datação, 22

A dicotomia Israel-Judá, 25

A ausência de provas de uma compilação de textos complexos antes do início do século VIII, 27

As tradições antigas na Bíblia – Antigas até que ponto?, 28

Memórias acumuladas, 34

Como as antigas tradições do reino do Norte foram preservadas e transmitidas para Judá?, 36

Teologia versus história, 38

Resumo: os pontos de referência no desenvolvimento da história bíblica, 40

 2 Como datar os textos do Pentateuco? – Alguns estudos de caso, 44

De que fatos dispomos?, 44

Breve recapitulação da história da pesquisa, 46

Por que temos necessidade de datar o Pentateuco?, 50

A prova linguística?, 52

A datação “alegórica”, 54

Argumentos ex silencio, 55

Terminus a quo e terminus ad quem, 57

A datação através de comparações externas, 59

A datação relativa por comparação interna, 63

Conclusão, 64

 3 Observações sobre os contextos históricos da história de Abraão – Entre arqueologia e exegese, 66

O ciclo de Jacó, o mais antigo relato patriarcal no Livro de Gênesis, 71

O núcleo primitivo das tradições sobre Abraão no Sul, 74

A fusão das tradições do Norte e do Sul, 86

Abraão nos períodos exílico e pós-exílico, 89

Adições e revisões do Período Helenístico, 93

Resumo, 95

 4 Observações sobre os contextos históricos da história de Jacó em Gênesis, 96

Norte e Sul, 99

As camadas antigas do relato sobre Jacó, 102

O relato sobre Esaú, 116

A união dos relatos sobre Jacó e Abraão, 118

O relato sacerdotal sobre Jacó, 121

As adições pós-sacerdotais ao relato sobre Jacó, 123

Síntese, 124

 5 O relato sobre a caminhada pelo deserto, seus itinerários e a evolução da tradição sobre o êxodo, 126

Os itinerários, 130

Os lugares, 132

Cades Barne, 132

Asiongaber, 134

Finon, 136

Edom, 137

Ein Ha?eva, 138

Kuntillet Ajrud, 140

O que os autores bíblicos sabiam a respeito do deserto do Sul?, 142

As raízes da tradição sobre o êxodo e sobre a caminhada no deserto, 150

Síntese, 154

 6 A revelação do nome divino a Moisés e a construção de uma memória sobre as origens do encontro entre YHWH e Israel, 157

O êxodo, YHWH e Moisés, 157

Ex 3–4 e 6 e suas funções no relato sacerdotal e não sacerdotal sobre o êxodo: divergências e convergências, 162

Ex 3: Moisés o profeta e YHWH o Deus desconhecido, 164

Ex 6,2-8: o nome desconhecido de YHWH e a teoria da revelação divina, 171

Ex 3 e Ex 6: breve comparação, 174

Algumas especulações históricas sobre as origens de YHWH e sobre sua adoção por “Israel”, 174

Breve síntese, 178

Textos originais.

 

Editora Vozes

Pg. 184.


terça-feira, 5 de julho de 2022

551 - Morre o Cardeal Dom Cláudio Hummes, ex-arcebispo de São Paulo.

 

Arcebispo Emérito e Vigário-Geral da Arquidiocese de São Paulo Prefeito Emérito da Congregação para o Clero.

Morreu aos 87 anos, segunda-feira, dia 04 de julho 2022.

 

 

O Cardeal Dom Cláudio Hummes, franciscano da O.F.M., nasceu no Brasil, no município de Montenegro (RS), em 1934. Foi ordenado sacerdote em 1958. Em seguida, enviado a Roma, ali doutorou-se em filosofia na atual Universidade Antonianum, em 1963.

De volta ao Brasil, foi professor de filosofia na Escola de Filosofia da O.F.M. e na Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre (RS). De 1968-72 foi Diretor da Faculdade de Filosofia de Viamão (RS). De 1972- 75 foi Superior Provincial da O.F.M..

Em 1975, nomeado Bispo de Santo André (SP), ali permaneceu por 21 anos, sendo então, em 1996, nomeado Arcebispo de Fortaleza (CE) e, em 1998,  Arcebispo de São Paulo. Em 2001 foi criado Cardeal, permanecendo ainda como Arcebispo de São Paulo até 2006, quando então foi chamado para Roma para ocupar o cargo de Prefeito da Congregação para o Clero, onde permaneceu até ser substituído por limite de idade, no final de  2010.

De volta ao Brasil, foi nomeado Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cargo que exerceu até março de 2022. Em 2014, ajudou a criar a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), da qual foi o primeiro Presidente. Foi Relator-geral do Sínodo para a Amazônia, em 2019, e, de julho de 2020 a março de 2022, presidiu a recém-criada Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama).

 

Escritos

“Renovação das provas tradicionais da existência de Deus” por Maurice Blondel em l'Action (1893), Braga, 1964.

Co-autoria do livro "Fé e Compromisso Político", Paulinas, 1982.

“Sempre Discípulos de Cristo - Retiro Espiritual do Papa e da Cúria Romana”, São Paulo, Paulus, 2002 (traduzido para o italiano)

"Diálogo com a cidade". São Paulo, Paulus - 2005.

"Discípulos e missionários de Jesus Cristo. Ser cristão no mundo atual". São Paulo, Paulus - 2006.

“O Sínodo para a Amazônia”. São Paulo, Paulus – 2019.

 

quarta-feira, 8 de junho de 2022

550 - Jesus Cristo semeou nesse mundo a justiça, a paz, o amor e o diálogo.

 

“A violência gera mais violência, o ódio gera mais ódio, e a morte mais morte. Temos de quebrar está corrente que aparece como inelutável”

(Encíclica Fratelli Tutti – Papa Francisco).

Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.