sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

366 - Hans Urs Von Balthasar


Hans Urs von Balthasar (Lucerna, 12 de agosto de 1905 – Basileia, 26 de junho de 1988) foi um sacerdote, teólogo e escritor suíço. É considerado um dos mais importantes teólogos do século XX.
Joseph Ratzinger (amigo de Balthasar) afirmou que “a sua vida foi uma genuína busca da verdade”, entendida como “busca da verdadeira vida”. Von Balthasar procurou “quebrar aqueles circuitos que tantas vezes mantêm a razão prisioneira de si mesma, abrindo-a aos espaços do infinito”, disse Bento XVI. E fê-lo estudando filosofia, literatura e as grandes religiões. Hans Urs von Balthasar não era doutorado em Teologia, mas sim em Literatura (tese defendida em 1928: “A questão escatológica na atual literatura alemã”). A busca do divino manifesta-se em todo o lado.
Ordenado padre em 26 de julho de 1936, von Balthasar foi jesuíta até 1950. Nesse ano deixou a Companhia de Jesus, como consequência de, no desempenho da sua missão, se ter tornado amigo e confessor de Adrienne von Speyr, uma viúva convertida ao catolicismo. As suas visões e escritos místicos, bem como a Comunidade de São João (para leigos, fundada pelos dois), não eram reconhecidos pela Igreja, pelo que o teólogo se desvinculou dos jesuítas, como “aplicação da obediência cristã a Deus”.


A Verdade é sinfônica: aspectos do pluralismo cristão
A qualidade de execução de uma orquestra depende do fato de cada músico executar bem sua parte individual e, ao mesmo tempo, inseri-la na unidade orgânica da composição. Através da metáfora sinfônica, o autor nos ajuda a perceber que a riqueza de variedade e pluralidade de carismas e ministérios eclesiais não é incompatível com sua unidade. Ao contrário, não é necessário se afastar um milímetro sequer do centro do mistério de Cristo. É através dele que se descortina um imenso espaço de liberdade e pluralidade na unidade da Igreja católica, garantido pelo Espírito Santo.
p. 160
Paulus
2016



Maria para hoje
O que Maria tem a dizer aos homens de hoje? Ela é, para cada cristão e para a Igreja, plenitude e medida de uma resposta sem reservas do homem a Deus. Hans Urs von Balthasar, um dos grandes nomes da teologia do século XX, mostra as possibilidades de encontrar Maria de maneira nova. Em uma magnífica trama de reflexões teológicas e considerações espirituais, ele coloca Maria no horizonte do nosso tempo e nos faz ver claramente como ela é o modelo de fé para o cristão de hoje.
p. 48
Paulus


Vida a partir da morte: Meditações sobre o mistério pascal
Na mesma medida em que a morte faz parte do cotidiano humano, ela é, também, aquilo que há de mais incompreensível. Em três profundas reflexões, o autor penetra no mistério da morte. Ele questiona acerca do paradoxo, inerente a todo homem, de querer realizar “algo de imperecível em meio à transitoriedade”, e mostra que solução oferece o cristianismo a esse paradoxo. Para isso, ele explora as profundezas do mistério pascal, a morte e ressurreição de Jesus, e seu significado para o cristão de hoje.
p. 40
Paulus



Teologia da Historia
'Teologia da História' de Hans Urs Von Balhtazar procura demonstrar Cristo, não apenas como um homem extraordinário ou uma personagem singular no curso da história, mas como sua norma. Para isto, Balthasar recorre a um caminho oposto a ideias abstratas - apela ao aspecto concreto, material do Cristo, o logos encarnado - o Homem-Deus. Cristo é visto como o cumprimento da história realizada e o sentido da história por vir.
p. 111
Fonte Editorial
2005


O Cristão e a Angústia
Hans Urs Von Baltazar, foi um dos maiores teólogos católicos-romanos do século 20 e de todos os tempos. Muitas vezes acusado de conservador foi, todavia um dos grandes arquitetos do Concílio Vaticano II. 
Profundamente influenciado por Kierkegaard, Barth, Przywara e Blondel. Ele construiu uma das mais belas catedrais intelectuais de todos os tempos. Nesta obra, Baltazar oferece uma interpretação cristã e bíblica do conceito Kierkegaardiano de angústia, um dos temas mais filosóficos mais fecundos da filosofia contemporânea. 
Este livro apresenta esta complexa temática em linguagem simples e de uma forma ao mesmo tempo erudita e edificante, o que é, aliás, uma das marcas da teologia de Baltazar.
Fonte Editorial


Hans Urs Von Balthasar
Elio Guerreiro
Este livro apresenta as idéias e a trajetória traçada pelo teólogo suiço Hans Urs Von Balthasar. A obra faz com que o leitor tenha contato direto com o autor, contendo um ensaio completo escrito por Hans Urs Von Balthasar, de modo que se possa entender as estruturas fundamentais de seu pensamento.
p. 248
Loyola



Mysterium Paschale - A quenose de Deus segundo Hans Urs von Balthasar
Clarita Sampaio Mesquita Ribeiro
O livro, dedicado à exposição da teologia da quenose trinitária de Urs Von Balthasar, realiza com singeleza as exigências da tarefa teológica apresentadas pelo autor estudado. Aqui o objeto de estudo é a Trindade, mistério central da fé cristã. A abordagem é profundamente marcada tanto pelas exigências da fé que busca a compreensão como pelo amor reverencial ao Deus que se revela na quenose de seu Filho.
p. 208
Loyola




quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

365 - Morre Dom Paulo Evaristo Arns




Morreu no final da manhã hoje (14/12/2016), em São Paulo, o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. Ele estava internado desde o dia 28 de novembro com broncopneumonia, no Hospital Santa Catarina.
Dom Paulo tinha 95 anos de idade, 71 de sacerdócio e 76 de vida franciscana. Ele era cardeal desde 1973 e foi arcebispo metropolitano de São Paulo entre 1970 e 1998.
O velório terá início no fim da tarde na Catedral da Sé.
O trabalho pastoral de Arns foi voltado principalmente para os habitantes da periferia, os trabalhadores, para a formação de comunidades eclesiais de base nos bairros e para defesa e promoção dos direitos humanos. O portal Memórias da Ditadura, do Instituto Vladimir Herzog, relata parte da atuação do cardeal, que ganhou destaque em 1969, quando passou a defender seminaristas dominicanos presos por ajudarem militantes que se opunham à ditadura militar.

Biografia

Dom Paulo Evaristo Arns nasceu no dia 14 de setembro de 1921 em Forquilhinha (SC) e ingressou na ordem franciscana em 1939. Foi ordenado presbítero em novembro de 1945 na cidade de Petrópolis (RJ). Frequentou a Universidade Sorbonne, em Paris, onde estudou patrística (filosofia cristã) e línguas clássicas. Foi professor e mestre dos clérigos e chegou a atuar como jornalista profissional. Trabalhava como vigário nos subúrbios de Petrópolis quando foi indicado bispo auxiliar de dom Agnelo Rossi, em São Paulo, em 1966. Foi nomeado arcebispo de São Paulo em outubro de 1970, aos 49 anos.
Com formação em filosofia e teologia, Arns escreveu 56 livros e recebeu mais de uma centena de títulos nacionais e internacionais. Entre seus livros mais conhecidos está Brasil: Nunca Mais, um projeto conduzido de forma clandestina entre os anos de 1979 e 1985, desenvolvido pelo Conselho Mundial de Igrejas e pela Arquidiocese de São Paulo, sob a coordenação do reverendo Jaime Wright e de dom Paulo e que retrata as torturas e outras graves violações aos direitos humanos durante a ditadura militar brasileira.
Entre outros episódios de sua trajetória, destacam-se também sua atuação contra a invasão da Pontifícia Universidade Católica (PUC), comandada pelo então secretário de Segurança Pública de São Paulo, coronel Erasmo Dias, em 1977, e o planejamento da operação para entregar ao presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, uma lista com os nomes de desaparecidos políticos.
Em março de 1973, ele presidiu a Celebração da Esperança, em memória do estudante Alexandre Vannucchi Leme, morto pela ditadura. No ano seguinte, acompanhado de familiares de presos políticos, apresentou ao general Golbery do Couto e Silva um dossiê relatando os casos de 22 desaparecidos. Em outubro de 1975, celebrou na Catedral da Sé o histórico culto ecumênico em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog, morto pelo regime militar. Anos depois defendeu o voto popular na campanha Diretas, Já.
Em outubro deste ano, ele foi homenageado no Teatro da Pontifícia Universidade Católica (Tuca), na capital paulista, pelos seus 95 anos de vida, e pela sua atuação política. A cerimônia foi marcada por relatos de ações de Arns contra a ditadura militar, nas décadas de 60 e 70, e em defesa dos direitos humanos. O papa Francisco enviou uma mensagem especialmente para a comemoração. O cardeal compareceu e fez uma breve fala de agradecimento ao final. 



domingo, 11 de dezembro de 2016

364 - Coélet e a Idolatria ao Dinheiro: Um Estudo do livro do Eclesiastes. José Ademar Kaefer



Há muitas opiniões pessimistas sobre o livro do Eclesiastes. “Só uma singular vaidade ou uma rara inconsciência pode levar alguém a escrever sobre o Eclesiastes”, afirma Jacques Ellul na introdução de seu estudo. “É um livro estranho”, diz Haroldo de Campos: “parece um fragmento insurrecto, imbricado anacronicamente no ‘cânon bíblico’”. De fato, o livro de Coélet tem sido pouco entendido na história do estudo bíblico. Não é citado no Novo Testamento e somente é lido uma vez no anuário litúrgico católico. Porém, nos últimos anos esta imagem está mudando. Novas leituras vão resgatando sua importância. Lido a partir do contexto latino-americano, Coélet é compreendido. De “velho pessimista” passa a denunciante de injustiças, incitante à vida e utópico. Passa a profeta dos tempos modernos. Este despertar é resultante da sintonia que existe entre a realidade que vivemos, em particular na América Latina, e o contexto em que a obra de Coélet nasceu. Consideradas a distância e a enorme diferença que separa os dois mundos, acreditamos que as reflexões de Coélet podem trazer luzes que possibilitem avistar o horizonte da longa travessia e manter acesa a esperança, a utopia e a paixão.

Editora: Novas Edições Acadêmicas 

Pg. 196
Publicação: 2016

domingo, 4 de dezembro de 2016

363 - Morre Ferreira Gullar




Ferreira Gullar morreu neste domingo (04/12/2016), por volta das 11h, aos 86 anos. O escritor estava internado no Hospital na Zona Sul do Rio, por complicações pulmonares.
Ferreira Gullar assumiu ao longa da vida uma extensa lista de papéis que, sozinhos, não dão a dimensão do seu lugar na cena cultural do país. Um dos fundadores do neoconcretismo, o poeta participou de todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira.
Quarto dos 11 filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart, ele nasceu José Ribamar Ferreira no dia 10 de setembro de 1930 em São Luiz, no Maranhão. No início da década de 1950, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, em 1956, participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta. Três anos depois criou, com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valoriza a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo.
Militante do Partido Comunista, exilou-se na década de 1970, durante a ditadura militar, e viveu na União Soviética, na Argentina e Chile. Retornou ao país em 1977 e foi preso por agentes do Departamento de Polícia Política e Social no dia seguinte ao desembarque, no Rio. Foi libertado depois de 72 horas de interrogatório graças à intervenção de amigos junto a autoridades do regime. Depois disso, retornou aos poucos às atividades de critico, escritor e jornalista.
Eleito em 2014 para a Academia Brasileira de Letras, colecionava uma vasta lista de prêmios. Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura. Em 2007, seu livro “Resmungos” ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano. A obra, editada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, reúne crônicas de Gullar publicadas no jornal Folha de S. Paulo ao longo de 2005.

Em 2010, foi agraciado com o Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. No mesmo ano, foi contemplado com o título de Doutor Honoris Causa na Faculdade de Letras da UFRJ. Um ano depois ganhou o Prêmio Jabuti com o livro de poesia “Em alguma parte alguma”.



terça-feira, 8 de novembro de 2016

358 - Livro, Jesus Histórico: O Caminho do Amor e do Cuidado. David Rubens de Souza


Como Jesus foi visto ao longo da história? Em cada período Jesus foi interpretado de forma muito particular. Diante disso surgem algumas questões: seria possível reconstruir o verdadeiro Jesus histórico? O que os evangelhos ensinam sobre o Homem de Nazaré? Qual foi sua mensagem? Como foi seu ministério? Com quem ele andava? Será que os evangelhos apresentam respostas para esses dilemas? 
O movimento criado por Jesus há cerca de dois mil anos atrás continua até hoje, mas seria possível reconhecer a mensagem e a prática de Jesus no movimento que leva o seu nome? Qual a relação da igreja atual com o caminho de Jesus relatado nos evangelhos? 
É preciso saber quem foi Jesus para entender qual é a missão dos cristãos hoje.

Apresentação: Brochura 
Formato: 12 x 18cms 
ISBN: 978-85-5507-379-3
Páginas: 110 
Edição: 1ª 
Ano Publicação: 2016
Editora: Prismas

 Jesus Histórico: O caminho do amor e do cuidado 
David Rubens de Souza

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sábado, 5 de novembro de 2016

357 - Estudos no Livro de Eclesiastes.

Eclesiastes na Contramão da Sabedoria Tradicional





Introdução
Coélet representa o lado cético da sabedoria israelita. Ele não rejeita o movimento da sabedoria, mas desafia algumas de suas mais estimadas crenças. Ele acredita em Deus e no temor de Deus (3.14; 5.6) e em um código ético e no julgamento divino do comportamento humano (11.9); e, tal qual seus contemporâneos, não aborda a questão da vida após a morte (9.10).
Ele compartilha com os sábios algumas crenças: Deus concede tudo no tempo oportuno (3.1-11); Deus concede a habilidade de desfrutar (2.25-26, etc.); o que Deus decretou não se pode mudar (1.13; 3.14-15; 6.10; 7.13; 11.3); a insensatez de muitas palavras 4.17-5,6; 6.11; 10.12-15); e, se eles não são sua criação, ele endossa um número de provérbios tradicionais (1,18; 4,5-6,9-12; 5,7-11; 6,9; 7,7-12; 9,17-10,1; 10,8-11,4; 11,7).

Experiências de “Tenda”
A luta de Coélet é com qualquer teologia que ignore a experiência de vida, “tenda”, desse modo, a se tornar irreal. Assim ele ataca as declarações simplistas da tradicional teologia da retribuição (3.16-18; 7.15; 8.12-14; 9.1-3) porque a mesma não se ajusta à experiência; Deus julga, mas como isto funciona é um mistério.
Ele ataca declarações verbais sem fundamentos sólidos sobre as vantagens da sabedoria, porque a experiência mostra que a mesma sorte vem sobre o sábio tanto quanto sobre o tolo (2.13-16; 9.1-3.11), porque o sábio não pode predizer o futuro (3.22; 6.12; 8.7; 9.1-11,6) especialmente a época de infortúnio (9.12), e porque a sabedoria é vulnerável a uma pequena dose de insensatez (9.13-10). Tampouco ele é otimista sobre o sucesso da busca humana pela sabedoria (1.13-18; 3.11; 7.13; 8.17; 11.5). Ele rejeita os conselhos que recomendam focar-se na morte e na adversidade (7.1-14), evitar extremos éticos (7.15-24), e conselho que recomenda obediência simplista à autoridade (8.1-14), porque a experiência indica que estas não são posturas louváveis.
Coélet rejeita a ênfase da tradição da sabedoria na diligência, se isto significar total absorção no trabalho, visto que, tal trabalho febril rouba a alegria das pessoas (2.22-23; 4.7-8; 5.11,16), porque as perspectivas do êxito do trabalho são duvidosas (3.1-11), porque o destino da riqueza acumulada é incerto (2.18-21; 4.7-8; 5.12-16), e porque a labuta não traz nem o lucro, nem o progresso, nem a novidade, nem tampouco a lembrança (1.3-11). Coélet não acredita na preguiça, mas acredita que uma mão repleta de trabalho árduo e uma outra cheia de descanso são melhores do que duas mãos tomadas de labuta (4.5-6).

Natureza Transitória da Vida
Tremendamente impressionado pela natureza transitória (vaidade) de todas as coisas, ele acredita que o pleno regozijo é, na vida, o item a ser focado, e não uma desenfreada perseguição pelo luxo, porque não vale a pena o trabalho envolvido nisso (2.1-11), mas uma aceitação das alegrias normais que Deus considera apropriadas para nos dar (afirmado sete vezes no livro, 2.24; 3.12, 22; 5.17; 8.15; 9.7-9; 11.9-10). Aprecie o dia bom e aceite o dia mau como Deus dando variedade, de modo que não se pode encontrar culpa nele (7.14). Aprecie o que está à mão e não anseie pelo que é inalcançável (6.9). Participe da vida com vivacidade (9.10); providencie para o futuro (11.1); mantenha várias opções em face da incerteza (11.2); não seja demasiadamente cauteloso (11.4); e aproveite enquanto puder, porque a idade avançada e a morte estão chegando (11.7-12.8).

O Trabalho Árduo é Arriscado (3,1-4,6)
Coélet afirma que tudo tem um tempo estabelecido (1-8). Ele imediatamente aplica o poema ao contínuo tópico da labuta (v. 9). Não há nenhum lucro na labuta porque Deus reservou um momento para todas as coisas, mas não equipou seres humanos com a habilidade de determinar os tempos apropriados para sincronizar com eles. A labuta é então arriscada, porque pode não resultar em nada (vv. 10-11). Ele conclui mais uma vez em favor da felicidade, recordando uma vez mais que esta é um presente (12-13) e que o que é, é, e que não há nada que se possa fazer para mudá-lo (14-15).

Conclusão
Ideias de temor, de mandamentos e de julgamento não é o foco de Coélet, ele discute o problema concreto de como especificamente deve-se conduzir a vida.  

Bibliografia
CAMPOS, Haroldo. Qohélet – o que sabe: Eclesiastes. São Paulo: Perspectiva, 1991.
RAD, Gerhard von. Teologia do Antigo Testamento. 2. ed. São Paulo: Aste; Targumim, 2006.
SHREINER, Josef. Palavra e Mensagem do Antigo Testamento. São Paulo: Teológica, 2004.
VERAZ, Lilia Ladeira. Um primeiro contato com o livro do Eclesiastes ou livro Coélet. RIBLA 52. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. p. 119.
VV. AA. Os Salmos e os Outros Escritos. São Paulo: Paulus, 1996.  
WESTERMANN, Claus. Fundamentos da Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Academia Cristã, 2005.
WOLFF, Hans Walter. Bíblia Antigo Testamento. São Paulo: Teológica, 2003.



David Rubens de Souza
https://biblicoteologico.blogspot.com.br/
Novembro 2016


sábado, 24 de setembro de 2016

354 - As Visitas de Jürgen Moltmann ao Brasil: 1977; 2008; 2011; 2016.

Por David Rubens de Souza

O teólogo alemão reformado Jürgen Moltmann é um dos pensadores europeus de maior destaque no século XX, é também o que tem mais contato com o Brasil. Suas quatro visitas ao país (1977, 2008, 2011, 2016) possibilitaram uma ampla discussão nos meios acadêmicos acerca de sua obra que tem, desde então, desfrutado de amplo trânsito dentro dos mais diversos segmentos da tradição cristã.


Primeira Visita: 1977

Visitas a seminários e institutos teológicos no Brasil. Depois de uma visita a São Leopoldo, setembro, foi para Rudge Ramos, em São Paulo. Onde estava o antigo prédio do seminário metodista. Foi realizado o evento com três dias de duração, o tradutor da conferência foi o professor Duncan A. Reily. Naquela ocasião Moltmann visitou um seminário no centro da cidade e também a Igreja “O Brasil para Cristo”. No Rio de Janeiro visitou o Instituto Bennett. Em Recife, foi recebido por Dom Hélder Câmara. Onde ouve uma discussão sobre direitos humanos.




Segunda visita: 2008 

A Universidade Metodista de São Paulo acolheu o teólogo alemão Jürgen Moltmann do dia 29 a 31 de outubro de 2008.
Como parte do evento a Universidade Metodista de São Paulo ofereceu a Jürgen Moltmann o título de Dr. Honoris Causa como reconhecimento pelo conjunto de sua obra teológica e atuação no campo da educação.
Dia 30 – quinta-feira às 19h30 Concessão do título de Doutor Honoris Causa a Jürgen Moltmann - Edifício Beta. Salão Nobre
Dia 31 de outubro - sexta-feira - Edifício Beta. Salão Nobre.
8h Conferência: “O seu Nome é Justiça: a justiça de Deus para as vítimas e para os agressores”. Jürgen Moltmann

A contribuição de Jürgen Moltmann

A contribuição inestimável do Dr. Moltmann para a reflexão teológica, tanto quanto para a presença e ação pública das Igrejas na sociedade contemporânea, transcende as fronteiras da Europa e é universalmente reconhecida. Suas obras, traduzidas para diversas línguas, estão entre as mais influentes e o projetam entre os mais importantes teólogos dos séculos XX e XXI. A seriedade de sua interpretação da mensagem cristã, a sua profundidade filosófica, a sua permanente abertura para as angustiantes questões contemporâneas, a sua aguçada sensibilidade social e política, o seu compromisso com as causas dos Direitos Humanos, da justiça e da paz, da ecologia e do ecumenismo, entre outras, aliada à sua fecunda produção intelectual justificam, sem dúvida, a outorga do título de Doutor Honoris Causa.
Vale lembrar que, no ano de 1977, o Dr. Jürgen Moltmann, já mundialmente célebre em vista da publicação de sua Teologia da Esperança, esteve, a convite da Fateo, com o apoio da ASTE (Associação de Seminários Teológicos Evangélicos), no Brasil quando proferiu diversas conferências em distintas regiões do país, publicadas posteriormente sob o título Paixão pela Vida (São Paulo: ASTE, 1978). Nessa oportunidade, houve um diálogo tenso, porém fecundo, com a teologia da libertação latino-americana.



Terceira Visita: 2011

Nos dias 31 de agosto e 01 de setembro de 2011 o Centro Universitário Metodista Bennett recebeu a visita do Teólogo Jürgen Moltmann para realização de duas conferências. Moltmann realizou um diálogo no Bennett com o igualmente conhecido Teólogo brasileiro Leonardo Boff. Ambos ministraram a Aula Magna de abertura do segundo semestre letivo tratando da temática da ecologia e dos direitos humanos sob a inspiração da fé cristã. Moltmann lançou também, em parceria com o coordenador do Curso de Teologia na Faculdade de Teologia César Dacorso Filho e no Bennett, Prof. Levy Bastos, o livro “O futuro da criação”, no qual estão presentes as reflexões de ambos os teólogos sobre meio-ambiente e fé cristã.

Tema

O tema central foi o papel do ser humano como parte da criação e diante do seu sofrimento. Na sua primeira palestra, Jürgen Moltmann descreveu sua compreensão de uma “teologia ecológica” capaz de acompanhar o novo paradigma da sustentabilidade. Para isso, propôs uma leitura sustentável de Gênesis 1 (a criação do ser humano como último mostra a sua dependência de tudo que foi criado antes), problematizou o pensamento linear da modernidade e explicitou a sua compreensão de uma ética da criação (reconsiderando a ética do sábado como sétimo dia da criação).
Leonardo Boff apontou dez temas relacionados com o assunto, entre eles: o paradigma da interdependência, a importância da biodiversidade e diversidade cultural, a necessidade de uma ciência mais consciente e universidades promovendo uma aliança de saberes, a busca do bem comum, tanto da terra como da humanidade, e a substituição da ditadura da razão por uma razão sensível ou cordial.
O auditório do Bennett ficou duas vezes lotado e precisava-se de mais do que uma hora para atender às filas de pessoas em busca de um autógrafo nos livros de Jürgen Moltmann e do seu lançamento junto com Levy Bastos, diretor da Faculdade de Teologia do Bennett.


Quarta visita: 2016

Jürgen Moltmann veio ao Brasil para participar do Seminário Internacional de Teologia. Promovido pela Faculdade Unida, o encontro aconteceu de 19 a 21 de setembro, em Vitória, ES.
Com o tema “Vida, Esperança e Justiça: Jürgen Moltmann e a América Latina”, o encontro ofereceu aos participantes vários seminários temáticos, tais como: “Religião e Esfera Pública”, “Protestantismos e Sociedade”, “O Pensamento de Jürgen Moltmann”, “Religião, Gênero, Violências e Direitos Humanos”, “Narrativas Sagradas: Justiça e Esperança” e “Diversidade Religiosa e Étnico-Racial”.
Outros palestrantes que participaram do seminário: Dr. Craig Barnes, presidente do Seminário Teológico de Princeton, Dra. Uta Andrée da Missionsakademie de Hamburgo (Alemanha), Dr. Rudolf von Sinner, professor da Faculdades EST e o Dr. Levy da Costa Bastos, diretor do Seminário Metodista César Dacorso Filho.









quinta-feira, 22 de setembro de 2016

353 - JÜRGEN MOLTMANN E OS DIRETOS HUMANOS: REFLEXÃO SOBRE A TAREFA POLÍTICA DA CRISTANDADE

David Rubens de Souza

RESUMO
O presente estudo visa abordar a temática dos Direitos Humanos no pensamento de Jürgen Moltmann. A quarta visita do teólogo alemão ao Brasil torna-se momento oportuno para reflexão sobre diversos assuntos. Entre os vários temas que urge por uma reflexão consciente e contextualizada vale citar a Política, mais especificamente os Direitos Humanos. Também nesta área Moltmann prestou notável contribuição. A proposta do estudo consiste exatamente em fazer uma breve apresentação de algumas das intervenções do teólogo da esperança no sentido de compreender o espaço de reflexão dos Direitos Humanos na cristandade. Algumas questões norteiam o trabalho: a tarefa política da cristandade para além da vida em ordenamentos estatais preestabelecidos; a dignidade inviolável e o direito igual de todos os seres humanos; os Direitos Humanos entendidos como correspondência e antecipação do Reino do Filho do Homem. É possível supor que o cristianismo pode dar sua contribuição para a compreensão do ser humano e dos direitos.

Palavras-chaves: Jürgen Moltmann. Política. Direitos Humanos. Cristianismo.

Comunicação:
ST04 - Tema: "Religião, Gênero, Violências e Direitos Humanos".
Moderadora: Claudete Beise Ulrich
Link para o Artigo Completo: academia.edu

352 - Vida, Esperança e Justiça: Jürgen Moltmann e a América Latina


O Seminário Internacional de Teologia na Faculdade Unida de Vitória proporcionou ambiente de discussão de altíssimo nível.

Nomes que abrilhantaram o evento:

Jürgen Moltmann, Universidade de Tübingen, Alemanha.

Rudolf von Sinner, Doutor em Teologia pela Universidade de Basiléia, Suíça.

Uta Andrée, Doutora em Teologia pela Universidade de Heidelberg, Alemanha.

Levy da Costa Bastos, Doutor em Teologia pela Universidade de Tübingen, Alemanha.

M. Craig Barnes, Presidente do Princeton Theological Seminary (USA).

Nelson Kilpp, Doutor em Teologia pelo Philipps Universität, Alemanha.












       

351 - Jürgen Moltmann no Brasil


Momento inesquecível, está ao lado de Jürgen Moltmann, um dos maiores teólogos de todos os tempos, o último da famosa safra de teólogos alemães do século XX, conhecidos como teólogos dialéticos: Karl Barth; Rudolf Bultmann; Emil Brunner; Friedrich Gogarten; Oscar Cullmann; Wolfhart Pannenberg.




 

Vitória-ES, 20 de setembro de 2016 
           

Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.