Hans Küng (Sursee, 19
de março de 1928) teólogo suíço, filósofo e professor de teologia.
Küng estudou teologia e
filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote
em 1954. Continuou a sua educação em várias cidades européias, incluindo Sorbonne em Paris.
Sua tese doutoral foi "Justificação: A doutrina de Karl Barth e uma
reflexão católica".
Em 1960, Küng foi
nomeado professor de teologia na Universidade Eberhard Karls em Tübingen, Alemanha.
Juntamente com o seu colega Joseph Ratzinger (futuro Papa Bento XVI), foi
apontado como perito pelo Papa João XXIII como consultor teológico
para o Concílio Vaticano II.
No final da década de
1960, Küng iniciou uma reflexão rejeitando o dogma da Infalibilidade
Papal, publicada no livro "Infalibilidade? Um inquérito" em 18
de janeiro de 1970.
Em consequência disso,
em 18 de dezembro de 1979, foi revogada a sua licença pela Igreja
Católica Apostólica Romana de oficialmente ensinar teologia em nome dela,
mas permaneceu como sacerdote e professor em Tübingen até a sua aposentadoria
em 1996.
Em 26 de setembro de 2005,
ele e o Papa Bento XVI surpreenderam ao encontrar-se para jantar e
discutir teologia.
Küng defende o fim da
obrigatoriedade do celibato clerical, maior participação laica e
feminina na Igreja Católica, que, segundo sua interpretação, seria um
retorno da teologia baseada na mensagem da Bíblia.
A
Igreja tem salvação
Hans Küng analisa o
passado, o presente e o futuro da Igreja ao abordar assuntos que estão
intimamente relacionados com ela, como o Concílio Vaticano II, a Reforma
Protestante, e demais temas.
“Na atual conjuntura já
não é possível calar de maneira responsável: há décadas tenho feito observar a
grande crise que a Igreja Católica atravessa – na verdade, uma crise de
direção, com seus desdobramentos –, a produzir resultados diversos em
diferentes esferas, além de consequências razoáveis para a hierarquia
católica”, explica o autor.
Küng acrescenta que ele
se vale de uma metáfora da medicina neste trabalho, pois a relação entre saúde
e doença permite estabelecer um paralelo entre a condição de organização da
Igreja e o organismo humano. Dessa forma, ele confirma a sua posição de
“terapeuta e não de juiz”.
“O crucial de minha
crítica incide sobre o sistema romano, e é claro que devo fundamentá-la ponto
por ponto. Neste livro eu empenhei um esforço contínuo para emitir um
diagnóstico sério, como numa proposta terapêutica eficaz. Sem dúvida, a Igreja
não raro precisará de um remédio amargo, indispensável se ela quiser
convalescer”, alerta.
Dividido em seis
partes, apresentação e conclusão, o livro é uma ferramenta valiosa para a
Igreja nos dias de hoje, pois traz temas importantes e dignos de reflexão. O
intuito é oferecer uma crítica séria, capaz de incentivar eventuais mudanças
positivas.
Religiões
do mundo; em busca dos pontos comuns
"Não haverá paz
entre as nações, se não houver paz entre as religiões." Esta é tese básica
deste livro. E nada mais oportuno e atual do que esse tema, tratado por um
teólogo de renome, conhecedor profundo não só da própria religião – a católica
romana –, mas também das outras, sobre as quais faz exposições precisas,
analisando-as com imparcialidade e, sobretudo, com enorme respeito. Assim,
começando pelas religiões tribais, Hans Küng vai delineando o panorama das
religiões todas, passando pelo hinduísmo, pelas religiões chinesas, pelo
budismo, pelo judaísmo, pelo cristianismo e pelo islamismo, destacando suas
características, seu desenvolvimento de acordo com as circunstâncias políticas
e sociais, apontando suas idiossincrasias, mas, principalmente, realçando seus
pontos comuns e o padrão ético subjacente a todas elas. É obra de um mestre. E,
embora densa, consistente, profunda, é ao mesmo tempo simples, leve,
interessante e bem ao alcance de qualquer pessoa que traga dentro de si o
desejo de buscar uma vida interior mais rica, engajada num mundo de diferenças,
mas também de semelhanças. Sem dúvida alguma, é uma obra que alcança o objetivo
a que se propõe: ver no mundo a possibilidade de plantar a paz entre as
pessoas, entre as religiões, entre as nações, em busca de uma ética mundial, de
um etos universal.
Por
que ainda ser cristão hoje?
Com uma edição única e
especialmente revisada pelo autor para o Brasil, esta obra do teólogo Hans Küng
apresenta de forma clara e apaixonante o depoimento de um padre católico, que
desde a década de 60 questiona as doutrinas tradicionais da Igreja. Apesar das
críticas e preocupações o teólogo acredita na história e na tradição, que ele
aceita e abraça, sem confundir a grande causa cristã com as atuais e
anacrônicas estruturas da Igreja. "Por que ainda ser cristão hoje?" É
um relato esperançoso de um homem que, aos 76 anos, ainda acredita no
cristianismo e em seu significado. O livro apresenta Jesus de Nazaré, o Cristo,
como a essência do cristianismo. E ser cristão é orientar-se por esse Jesus
Cristo em sua caminhada individual. Embora fiel às teses que sempre defendeu em
seu ministério - a pregação do ecumenismo, a eucaristia partilhada, o
acolhimento a homossexuais, uma maior participação das mulheres na Igreja -
Hans Küng permanece na Igreja Católica Apostólica Romana, convicto de que pode
contribuir para que ela se modernize e vá ao encontro das necessidades dos
fiéis.
Freud
e a questão da religião
Muito tem sido escrito
e discutido sobre o ateísmo de Freud e sobre as conseqüências de suas teorias a
respeito da religião na atual prática psicanalítica. Afinal, Freud sempre foi
ateu? O que é religião para ele? Como outros psicanalistas reagiram a suas
teorias? Hoje elas ainda possuem fundamento ou já ficaram ultrapassadas? Neste
livro, Hans Küng, analisa o ateísmo do pai da psicanálise e procura explicações
para ele, passando pela infância de Freud e seu convívio com a família e com os
ritos judaicos, até seus estudos de fisiologia e sua teoria psicanalítica. Além
de Freud, Küng também analisa a questão da religião em outros autores que
viriam a discordar das idéias freudianas. Como cristão, Küng reage contra a
repressão à religião realizada pela psicologia e procura reconciliar essas duas
áreas. Conclui que teólogos têm muito a aprender com psicólogos e vice-versa -
e ambos podem colaborar para que o homem moderno encontre um novo sentido
espiritual para a vida. O teólogo trata de todos esses assuntos com o
brilhantismo que lhe rendeu um importante prêmio da Associação Americana de
Psiquiatria.
Estilo de Normalizar Citação De Acordo com as Normas da ABNT para Trabalhos Acadêmicos.
RUBENS, David. Hans Küng: ser cristão hoje. http://biblicoteologico.blogspot.com.br/2015/01/klaus-berger-especialista-em-novo.html. Acesso em: _____________.
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