quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

193 - Hans Küng: ser cristão hoje

Hans Küng (Sursee, 19 de março de 1928) teólogo suíço, filósofo e professor de teologia.
Küng estudou teologia e filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote em 1954. Continuou a sua educação em várias cidades européias, incluindo Sorbonne em Paris. Sua tese doutoral foi "Justificação: A doutrina de Karl Barth e uma reflexão católica".
Em 1960, Küng foi nomeado professor de teologia na Universidade Eberhard Karls em Tübingen, Alemanha. Juntamente com o seu colega Joseph Ratzinger (futuro Papa Bento XVI), foi apontado como perito pelo Papa João XXIII como consultor teológico para o Concílio Vaticano II.
No final da década de 1960, Küng iniciou uma reflexão rejeitando o dogma da Infalibilidade Papal, publicada no livro  "Infalibilidade? Um inquérito" em 18 de janeiro de 1970.
Em consequência disso, em 18 de dezembro de 1979, foi revogada a sua licença pela Igreja Católica Apostólica Romana de oficialmente ensinar teologia em nome dela, mas permaneceu como sacerdote e professor em Tübingen até a sua aposentadoria em 1996.
Em 26 de setembro de 2005, ele e o Papa Bento XVI surpreenderam ao encontrar-se para jantar e discutir teologia.
Küng defende o fim da obrigatoriedade do celibato clerical, maior participação laica e feminina na Igreja Católica, que, segundo sua interpretação, seria um retorno da teologia baseada na mensagem da Bíblia.


A Igreja tem salvação
Hans Küng analisa o passado, o presente e o futuro da Igreja ao abordar assuntos que estão intimamente relacionados com ela, como o Concílio Vaticano II, a Reforma Protestante, e demais temas.
“Na atual conjuntura já não é possível calar de maneira responsável: há décadas tenho feito observar a grande crise que a Igreja Católica atravessa – na verdade, uma crise de direção, com seus desdobramentos –, a produzir resultados diversos em diferentes esferas, além de consequências razoáveis para a hierarquia católica”, explica o autor.
Küng acrescenta que ele se vale de uma metáfora da medicina neste trabalho, pois a relação entre saúde e doença permite estabelecer um paralelo entre a condição de organização da Igreja e o organismo humano. Dessa forma, ele confirma a sua posição de “terapeuta e não de juiz”.
“O crucial de minha crítica incide sobre o sistema romano, e é claro que devo fundamentá-la ponto por ponto. Neste livro eu empenhei um esforço contínuo para emitir um diagnóstico sério, como numa proposta terapêutica eficaz. Sem dúvida, a Igreja não raro precisará de um remédio amargo, indispensável se ela quiser convalescer”, alerta.
Dividido em seis partes, apresentação e conclusão, o livro é uma ferramenta valiosa para a Igreja nos dias de hoje, pois traz temas importantes e dignos de reflexão. O intuito é oferecer uma crítica séria, capaz de incentivar eventuais mudanças positivas.


Religiões do mundo; em busca dos pontos comuns
"Não haverá paz entre as nações, se não houver paz entre as religiões." Esta é tese básica deste livro. E nada mais oportuno e atual do que esse tema, tratado por um teólogo de renome, conhecedor profundo não só da própria religião – a católica romana –, mas também das outras, sobre as quais faz exposições precisas, analisando-as com imparcialidade e, sobretudo, com enorme respeito. Assim, começando pelas religiões tribais, Hans Küng vai delineando o panorama das religiões todas, passando pelo hinduísmo, pelas religiões chinesas, pelo budismo, pelo judaísmo, pelo cristianismo e pelo islamismo, destacando suas características, seu desenvolvimento de acordo com as circunstâncias políticas e sociais, apontando suas idiossincrasias, mas, principalmente, realçando seus pontos comuns e o padrão ético subjacente a todas elas. É obra de um mestre. E, embora densa, consistente, profunda, é ao mesmo tempo simples, leve, interessante e bem ao alcance de qualquer pessoa que traga dentro de si o desejo de buscar uma vida interior mais rica, engajada num mundo de diferenças, mas também de semelhanças. Sem dúvida alguma, é uma obra que alcança o objetivo a que se propõe: ver no mundo a possibilidade de plantar a paz entre as pessoas, entre as religiões, entre as nações, em busca de uma ética mundial, de um etos universal.


Por que ainda ser cristão hoje?
Com uma edição única e especialmente revisada pelo autor para o Brasil, esta obra do teólogo Hans Küng apresenta de forma clara e apaixonante o depoimento de um padre católico, que desde a década de 60 questiona as doutrinas tradicionais da Igreja. Apesar das críticas e preocupações o teólogo acredita na história e na tradição, que ele aceita e abraça, sem confundir a grande causa cristã com as atuais e anacrônicas estruturas da Igreja. "Por que ainda ser cristão hoje?" É um relato esperançoso de um homem que, aos 76 anos, ainda acredita no cristianismo e em seu significado. O livro apresenta Jesus de Nazaré, o Cristo, como a essência do cristianismo. E ser cristão é orientar-se por esse Jesus Cristo em sua caminhada individual. Embora fiel às teses que sempre defendeu em seu ministério - a pregação do ecumenismo, a eucaristia partilhada, o acolhimento a homossexuais, uma maior participação das mulheres na Igreja - Hans Küng permanece na Igreja Católica Apostólica Romana, convicto de que pode contribuir para que ela se modernize e vá ao encontro das necessidades dos fiéis.


Freud e a questão da religião

Muito tem sido escrito e discutido sobre o ateísmo de Freud e sobre as conseqüências de suas teorias a respeito da religião na atual prática psicanalítica. Afinal, Freud sempre foi ateu? O que é religião para ele? Como outros psicanalistas reagiram a suas teorias? Hoje elas ainda possuem fundamento ou já ficaram ultrapassadas? Neste livro, Hans Küng, analisa o ateísmo do pai da psicanálise e procura explicações para ele, passando pela infância de Freud e seu convívio com a família e com os ritos judaicos, até seus estudos de fisiologia e sua teoria psicanalítica. Além de Freud, Küng também analisa a questão da religião em outros autores que viriam a discordar das idéias freudianas. Como cristão, Küng reage contra a repressão à religião realizada pela psicologia e procura reconciliar essas duas áreas. Conclui que teólogos têm muito a aprender com psicólogos e vice-versa - e ambos podem colaborar para que o homem moderno encontre um novo sentido espiritual para a vida. O teólogo trata de todos esses assuntos com o brilhantismo que lhe rendeu um importante prêmio da Associação Americana de Psiquiatria.



Estilo de Normalizar Citação De Acordo com as Normas da ABNT para Trabalhos Acadêmicos.
RUBENS, David. Hans Küng: ser cristão hojehttp://biblicoteologico.blogspot.com.br/2015/01/klaus-berger-especialista-em-novo.html. Acesso em: _____________.

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Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.