Nos inícios da década
de 1980 um grupo ecumênico de exegeta começou a se reunir com o propósito comum
de iniciar uma leitura mais sistemática da Bíblia na ótica da opção
preferencial pelos pobres. O grupo se propunha a fazer uma hermenêutica mais
apropriada de leitura bíblica, partindo das realidades de conflito em que vivia
o povo, mas valendo-se do instrumental da exegese histórico-crítica. As
reuniões anuais duravam quatro a cinco dias. Entre os primeiros participantes,
que lideravam o grupo, estavam Milton Schwantes, Gilberto Gorgulho, Ana Flora
Anderson, José Comblin, Paulo Lockmann e Carlos Mesters. Algumas reuniões foram
feitas em Angra dos Reis, junto aos carmelitas. Logo surgiu a ideia de se criar
uma revista nova ou aproveitar a oferta do então redator da Revista
Eclesiástica Brasileira/REB, Leonardo Boff. Inicialmente, não seria uma revista
independente, mas uma anexo da REB.
Assim, em 1984, no vol.
44, fascículo 173 da REB, nasceu como apêndice o primeiro número de “Estudos
Bíblicos”, com 66 páginas. O título era “A Bíblia como memória dos pobres”. O editorial
era assinado por Leonardo Boff e Ludovico Garmus, responsáveis pela nova série
por parte da Editora Vozes. Os autores do primeiro número eram:
Carlos Mesters;
Pablo Richard;
Milton Schwantes;
Alberto Antoniazzi.
Resumo do texto de
Ludovico Garmus
Estudos
Bíblicos. N. 100. Petrópolis: Vozes, 2008. p. 9.
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