Na manhã de 16 de maio
de 1956, o jesuíta francês Henri Bouillard, colega e amigo de Henri
de Lubac, defendeu sua tese de doutorado na Sorbonne ante uma comissão da qual
faziam parte filósofos conhecidos como Henri Gouhier e Jean Wahl.
Objeto da tese: a obra de Karl Barth.
A pesquisa foi
publicada alguns anos mais tarde (Karl Barth, Gênese e evolução da teologia
dialética) e continua sendo uma das interpretações mais agudas, do lado
católico, do grande teólogo suíço. Mas, o que por muitos aspectos tornou a
jornada singular foi a presença entre o público do próprio Barth. Viera da
Basiléia acompanhado por Hans Urs von Balthasar e por Adrienne von Speyr. Numa
carta descreveria o evento, notando que o doutorando escrevera um texto elaborado
de bem 1200 páginas e que a discussão durara mais de cinco horas, “fadiga que
foi depois celebrada num restaurante chinês”. Sublinhava, posteriormente, que
pela primeira vez, rompendo um costume centenário, a Sorbona admira para
discussão a obra de uma pessoa viva: “Que agora, ao invés, (o autor) estivesse
tão vivo a ponto de estar fisicamente presente, conferia a todo o evento uma
elevada tensão e simultaneamente uma grande serenidade”.
Estilo de Normalizar Citação De Acordo com as Normas da ABNT para Trabalhos Acadêmicos.
RUBENS, David. Henri Bouillard: Tese, "Karl Barth, gênese e evolução da teologia dialética". http://biblicoteologico.blogspot.com.br/2015/03/henri-bouillard-tese-karl-barth-genese.html.
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