sábado, 18 de janeiro de 2014

91 - Hermenêutica como apropriação: algumas sugestões

Toda interpretação de um texto é comandada pela pergunta que se lhe faz, pela maneira como se interroga este texto. Se não lhe perguntarmos nada, os textos ficam mudos. Em outras palavras, toda interpretação supõe uma “revelação viva” do interprete à “coisa” que procura descobrir. Uma espécie de convivência com ela. Essa relação pode, aliás, ser de natureza muito diversa: determinada pela natureza manifesta do documento ou por certos interesses que tem o próprio intérprete. O interesse pode, por sua vez, se situar de maneira mais ou menos profunda na existência do pesquisador.
Pode-se, pois, dizer que não há exegese sem “pressuposição”. Dever-se-á distinguir energicamente “pressuposição de “preconceito”. A pressuposição de que se fala aqui consiste antes na arte de um justo equilíbrio de sua finalidade em função da realidade visada e principalmente da abertura ativa que se pode implicar da parte do que a procura atingir.


O relacionamento vivo com a realidade em questão num determinado texto é particularmente necessário quando se trata da Bíblia. Aquilo de que fala a Bíblia interessa ao leitor com maior intensidade. Não se trata apenas de uma verdade qualquer, mas de um tipo de verdade que pretende iluminar toda a vida.

Prof. David Rubens

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Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.