Em 1916,
Karl Barth e seu amigo Eduard Thurneysen começaram a estudar juntos a carta
aos Romanos. Junto com Thurneysen, Barth iniciou um movimento de retorno à Escritura
Sagrada e à teologia dos Reformadores.
Em 1919,
Barth escreveu o Comentário à Carta aos Romanos. Em 1922, ele escreveu a
segunda edição, completamente reformulada, marcando o surgimento da assim
chamada teologia dialética, também conhecida por teologia
da crise.
No
prefácio à segunda edição, Barth diz: “nesta segunda redação do livro
eliminei na medida do possível tudo o que na primeira pudesse deixar entender
que a Teologia se funda, se apóia sobre uma Filosofia da
existência ou dela receba a justificação”. Portanto, a segunda
edição do Comentário à Carta aos Romanos é o documento histórico que marca o
início da teologia da crise, pois Barth designava a Palavra de juízo divino
contra todo o empreendimento humano. O ser humano é descrito como um pecador que
virou as costas para Deus, encontrando-se agora numa espécie de cegueira. Por
si mesmo, o homem não possui a capacidade de conhecer a Deus. O conhecimento de
Deus é uma dádiva a ser recebida pela fé em Cristo. O ser humano
precisa se confrontar com a graça revelada em Cristo.
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