Pode um livro escrito por
um jovem pároco de aldeia mudar radicalmente a história da teologia? Pois foi o
que aconteceu em 1919, pelo menos com a teologia protestante, quando o jovem e
ainda desconhecido Karl Barth, nascido em 1886, publicou seu comentário à Carta
aos Romanos, do apóstolo Paulo. [...] ele caiu como uma bomba no meio acadêmico
e eclesial, pois com óbvia capacidade argumentativa colocava radicalmente em
cheque os pressupostos da teologia dominante há muitas décadas. [...] o senso
autocrítico do próprio Barth levou-o, menos de três anos completos após, a
publicar uma segunda edição, total e profundamente revista. É esta segunda
versão, obra que se tornou um marco na história da teologia e que muito logo
viria a receber sucessivas reedições, que está em suas mãos. Trata-se agora de
uma edição crítica, cuidadosamente preparada por Cornelis van der Kooi e Katja
Tolstaja, que também fornecem importantes informações acerca da gênese do livro
e das principais controvérsias que de imediato suscitou.
Diante da magnitude da
natureza do assunto, Barth entendia ter o direito e o dever de não ser simples
[...] Assim, a leitura deste volumoso comentário também coloca seus desafios
diante de quem se aventura a lê-lo. Mas terá sua recompensa pelas geniais percepções
e exposições de Barth e, muito mais, por se reconhecer a si mesmo como alguém
confrontado por aquele assunto que haverá de reconhecer como sendo o que move
toda a teologia e qualquer existência cristã, a saber, a verdade revelada por
Deus aos seres humanos.
Walter
Altmann
Editora Sinodal/EST
Categoria: Teologia
Bíblica
Karl Barth
576 páginas - 16x23cm
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