Evento promovido pelo
Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da Metodista e a Associação
Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB). (29 ago - 01 set, 2016)
O teólogo belga Jean-Louis Ska falou sobre as
tendências do estudo do Pentateuco nos últimos dez anos. Ska é uma
autoridade no assunto, além de ser professor de Exegese do Antigo Testamento no
Pontifício Instituto Bíblico de Roma, já escreveu diversos livros, incluindo
“Introdução à Leitura do Pentateuco”, publicado no Brasil pela editora Loyola.
Ska ressaltou que
com o livro Deuteronômio, reencontramos a lei e o mundo jurídico da Torá, tema
pelo qual Eckart Otto trabalhou para devolver importância, pois acredita que a
solução dos problemas do Pentateuco não vem das narrativas, mas sim das leis.
Por outro lado, John Van Seters sustenta que o Código da Aliança seja mais
recente do que o Código Deuteronômico e que a Lei de Santidade.
Ska explica que duas
tendências importantes da pesquisa são a reforma de Josias e a natureza de
Deuteronômio. No passado, a reforma de Josias foi considerada historicamente
importante, porque teria acontecido a purificação de elementos estranhos e
centralização do culto em Jerusalém, por meio da destruição dos cultos rivais.
A mesa “Pentateuco:
História, Tradução e Exegese”, contou com a participação de Vicente Artuso, da
PUC do Paraná, que coordenou a mesa e Telmo Figueiredo, membro da ABIB, que
realizou a tradução do italiano para o português.
O exegeta suíço Thomas Römer foi o convidado
da conferência de quarta-feira (31) do VII Congresso Brasileiro de Pesquisa
Bíblica.
Thomas Römer, da
Université de Lausanee, falou a respeito dos papéis de Moisés no Pentateuco.
Nos livros, ele aparece como legislador, rei, chefe e juiz de Israel, mas de
acordo com Römer, o papel mais importante de Moisés é o de legislador.
Moisés: legislador, rei e
juiz
“No Antigo Oriente, o rei
é o mediador tradicional entre os deuses e o povo. Na Mesopotâmia, o governante
político é frequentemente também o primeiro de todos os sacerdotes, devido à
sua relação especial com uma divindade particular”, diz. O rei era também
considerado o pastor de seu povo, legislador e juiz, como responsável pela
ordem do país.
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