sexta-feira, 3 de agosto de 2018

423 - Pedro Lima Vasconcellos. Livros: teologia, ciências da religião, história.



Doutorado em Ciências Sociais: Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2004), Livre-Docência em Ciências da Religião pela mesma universidade (2009) e Pós-Doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2016). Professor Adjunto da Universidade Federal de Alagoas.








Lendo o Evangelho Segundo João

Nos primeiros séculos, o Evangelho segundo João foi visto com suspeita por alguns grupos cristãos e com entusiasmo por outros. A reflexão da obra produziu polêmica e divisões alimentadas por leituras e interpretações divergentes sobre questões de doutrina e de participação nos rituais comunitários. Só por volta do ano 200, o texto passou a ser aceito mais amplamente, estimulado pela circulação das cartas joaninas, que enfatizavam a realidade da encarnação da Palavra de Deus em Jesus.
As urgências e os dramas do nosso tempo também são muitos e crescentes. O Evangelho segundo João traz elementos inspiradores de práticas ousadas e criativas, que apontam na direção da vida em abundância prometida por Jesus a quem se compromete com sua obra. Mas este comprometimento deve ser radical. Jesus deixou um exemplo exigente, para ser não apenas recordado, mas recriado nas novas situações, diante das novas exigências que a vida no cotidiano vai colocando para a comunidade.


Paulo de Tarso: Um apóstolo para as nações
Pedro Lima Vasconcellos / Pedro Paulo A. Funari

Existiram (e continuam a existir) muitas faces de Paulo de Tarso na consciência ocidental, marcada de forma decisiva pelo cristianismo: o misógino, o apolítico, o inspirador de Lutero... Isso porque esse personagem veio a tornar-se, mesmo sem o pretender, nas tantas oportunidades e contextos em que foi relido, um dos vetores decisivos para o desenvolvimento de um novo movimento religioso, que se desdobrava da vida e da morte de Jesus de Nazaré. Com o apoio de recentes pesquisas de cunho histórico, arqueológico e exegético, Pedro Lima Vasconcellos e Pedro Paulo A. Funari apresentam, em síntese instigante e de fácil leitura, sua percepção dos traços principais da trajetória desse apóstolo, e as características principais de sua ação como missionário em cidades da Grécia e Ásia Menor, criador de assembleias de Jesus, semeador, a seu modo, de valores que diríamos contraculturais, animado por horizontes escatológicos para nós inusitados.


O Vaticano II e a leitura da Bíblia
Pedro Lima Vasconcellos / Rafael R. da Silva

A leitura e o lugar da Bíblia na vida eclesial constituíram um dos temas mais candentes tratados no Concílio Vaticano II, algo que se re­fletiu no longo e tenso processo de redação daquele que alguns consideram o mais importante documento emanado dessa assembleia: a constituição dogmática Dei Verbum. Por um inovador entendimento do teor da revelação divina, ela veio reforçar o movimento de respeito ao texto bíblico e de superação de interpretações que tendiam a fazer da Escritura apenas a confirmação de teses anteriormente definidas, no campo da doutrina e da moral, bem como no das dinâmicas institucionais. Porém, esse vento novo sofreu as investidas de grupos defensores dos que se tomavam como autorizados guardiões da ortodoxia: houve quem nele visse os bafos do Anticristo... Na América Latina, e particularmente no Brasil, sofremos ações contrárias à concretização do entendimento da Igreja povo de Deus e ao compromisso histórico com as causas dos empobrecidos; a tentativa de desmantelamento da teologia da libertação e sua presença nas instituições teológicas; especificamente no tocante à leitura da Bíblia, assistimos ao fortalecimento de caminhos interpretativos na contramão das diretrizes conciliares, de cunho espiritualista, fundamentalista e moralista. No entanto, apesar das investidas e cerceamentos, o novo modo de ler a Bíblia, o estudo exegético e as experiências comunitárias, eclesiais e ecumênicas continuaram o seu curso e, ao longo desses cinquenta anos após o término do concílio, têm fertilizado muitas comunidades, desdobrando-se nas lutas sociais e ações pastorais; continuam crescendo como "flor sem defesa".


Introdução ao Segundo Testamento: Eu vim para que todos tenham vida em plenitude
André Luiz Milani / João Décio Passos / Pedro Lima Vasconcellos / Sylvia Villac

Introdução ao Segundo Testamento integra o elenco da produção teológica da Região Episcopal Brasilândia, cujo objetivo é oferecer, com linguagem acessível, boa formação aos irmãos fiéis de todas as comunidades, pastorais e movimetnos eclesiais. O objetivo dos blocos que compõe esta riquíssima obra é conduzir, pela força do amor, os nossos formandos ao mesmo propósito de Jesus: Eu vim para que todos tenham vida em plenitude.


Como ler a carta aos Hebreus: Um sacerdote fiel para um povo a caminho

Nenhum dos nomes do título tradicional, Carta aos Hebreus, designa adequadamente este escrito enigmático, e muitas vezes mal compreendido. Já se pensou que seria um convite à fuga do mundo e um refúgio nas esperanças pelo céu e pela vida além da morte. Também já se leu esse escrito como uma fundamentação do sacerdócio ordenado. A proposta aqui é percorrer a reflexão proposta por Hebreus do começo ao fim e deixar que ele fale, identificando para nós quais são suas maiores preocupações. E aí se perceberá um texto desafiador, que convoca a comunidade a não abandonar seus compromissos e esperanças, mesmo que isso acarrete perseguições e humilhação. Ela tem em quem se apoiar: Jesus Cristo, o único e definitivo sacerdote. Da mesma forma que ele, que se solidarizou com seus irmãos e irmãs até a morte, a comunidade saberá enfrentar os desafios do momento presente, tendo a certeza de que não cabe apegar-se a seguranças que venham do poder estabelecido ou dos valores impostos à sociedade: ela tem os olhos voltados à cidade bem alicerçada, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus.


Antônio Conselheiro por ele mesmo

Antônio Conselheiro por ele mesmo é um belíssimo box, composto por dois volumes, que irão desmistificar tudo o que você pensa ou conhece sobre esse personagem da história do Brasil. O volume 1, Apontamentos dos Preceitos da Divina Lei de Nosso Senhor Jesus Cristo, para a Salvação dos Homens, de autoria do próprio Antônio Conselheiro, conta com uma coletânea de reflexões sobre temas variados, de matiz fundamentalmente religioso, escrito durante a época em que era líder do vilarejo que ele batizou como Belo Monte. O volume 2, de autoria de Pedro Lima Vasconcellos, Arqueologia de um Monumento – Os Apontamentos de Antônio Conselheiro, apresenta um estudo sobre o conteúdo das reflexões de Conselheiro, mostradas no volume 1.







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Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.