sexta-feira, 10 de abril de 2020

504 - Sexta-feira Santa: Morte sacrificial de Jesus.



A compreensão mais familiar da morte de Jesus enfatiza sua natureza sacrificial substituta: ele morreu pelos pecados do mundo. Essa compreensão faz parte de um fardo maior, ou seja: todos nós somos pecadores. Para que Deus perdoe nossos pecados, um sacrifício substituto deve ser oferecido. Mas não seria adequado que um ser humano comum fosse sacrificado, já que tal pessoa seria pecadora e só estaria morrendo por seus próprios pecados. Assim, o sacrifício não deveria ser de um pecador, mas de um ser humano perfeito. Só Jesus, que não era apenas humano, mas também filho de Deus, era perfeito, imaculado e sem manchas. Assim ele é o sacrifício, e a Sexta-feira Santa é o dia que torna possível o nosso perdão.
Para a maioria dos cristãos esse é o verdadeiro motivo da morte de Jesus. É importante dizer que essa não é a única compreensão cristã da morte de Jesus. Aprendi com Dominic Crossan que foram necessários mais de mil anos para que ela se tornasse dominante. A compreensão esboçada apareceu pela primeira vez sob forma totalmente desenvolvida num livro escrito em 1097 por Santo Anselmo, arcebispo de Cantuária.  

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Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.