A compreensão mais
familiar da morte de Jesus enfatiza sua natureza sacrificial substituta: ele
morreu pelos pecados do mundo. Essa compreensão faz parte de um fardo maior, ou
seja: todos nós somos pecadores. Para que Deus perdoe nossos pecados, um
sacrifício substituto deve ser oferecido. Mas não seria adequado que um ser
humano comum fosse sacrificado, já que tal pessoa seria pecadora e só estaria
morrendo por seus próprios pecados. Assim, o sacrifício não deveria ser de um
pecador, mas de um ser humano perfeito. Só Jesus, que não era apenas humano,
mas também filho de Deus, era perfeito, imaculado e sem manchas. Assim ele é o sacrifício,
e a Sexta-feira Santa é o dia que torna possível o nosso perdão.
Para a maioria dos
cristãos esse é o verdadeiro motivo da morte de Jesus. É importante dizer que
essa não é a única compreensão cristã da morte de Jesus. Aprendi com Dominic
Crossan que foram necessários mais de mil anos para que ela se tornasse dominante.
A compreensão esboçada apareceu pela primeira vez sob forma totalmente
desenvolvida num livro escrito em 1097 por Santo Anselmo, arcebispo de
Cantuária.
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