A Ressurreição de Jesus
deve ser compreendida dentro do contexto escatológico do primeiro século. Já se
falava muito sobre Ressurreição antes e durante a vida de Jesus. Com a esperança
da vinda de um novo tempo, era esperado que aqueles que morreram antes desta
chegar seriam ressuscitados para tomar seu lugar. Até se pensou que o perverso
também seria ressuscitado a fim de receber seu justo castigo. Desse modo, a
afirmação cristã que Deus levantou Jesus da morte era muito mais que simplesmente
trazer o corpo morto de Jesus ao mundo tangível. Era a declaração triunfante de
que a morte de Jesus na cruz não foi uma miserável derrota, mas a grande
vitória que possibilitou o novo tempo. Jesus não estava morto, mas ressuscitado,
as primícias da grande Ressurreição que acompanhariam a chegada iminente do
novo tempo.
Lhoyd Geering, diz que há
três afirmações do Novo Testamento que sempre devem ser feitas em conjunto, e
elas estão corretamente entendidas, a saber, a Crucificação, a Ressurreição e o
novo tempo. É o somente porque a crucificação conduziu ao novo tempo, que
podemos falar da Ressurreição. É somente porque o crucificado está
ressuscitado, que nós podemos falar de um novo tempo. É somente porque a
Ressurreição demonstra a chegada do novo tempo, que discernimos o significado
da Crucificação.
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