Fontes mais antigas:
muitos historiadores preferem as fontes mais antigas sobre Jesus,
desconsiderando, como regra geral, as fontes que foram escritas mais de um
século após sua morte.
Critério do
constrangimento: enfoca atos ou palavras de Jesus que
poderiam ter constrangido ou criado dificuldades para a igreja primitiva ou
para o autor do evangelho. Por exemplo, se a crucificação foi motivo
de embaraço para os primeiros cristãos, seria bastante improvável que os
evangelhos afirmassem que Jesus havia sido crucificado, a menos que ele
realmente foi crucificado.
Atestação Múltipla:
quando duas ou mais fontes independentes contam histórias semelhantes ou
consistentes. Esse critério faz bastante uso dos casos de relatos orais
anteriores as fontes escritas. A atestação múltipla não é o mesmo que
a atestação independente. Se um relatou utilizou outro relato como fonte,
então essa história estará presente em todos os relatos, mas com apenas uma
fonte independente. O ponto de vista dominante é que o relato de Marcos foi
usado como fonte de Mateus e Lucas.
Contexto histórico:
a fonte é mais credível se o relato fizer sentido dentro do contexto e da
cultura em que o fato possivelmente aconteceu. Por exemplo, alguns ditos da língua
copta do Evangelho de Tomé fazem sentido dentro de um contexto
gnóstico do século II, mas não no contexto do primeiro século cristão,
uma vez que o gnosticismo apareceu no segundo século.
Análise linguística:
há algumas conclusões que podem ser extraídas da análise linguística dos
Evangelhos. Por exemplo, se um diálogo só faz sentido em grego, é
possível que ele foi redigido e que o texto é de certa forma diferente do
original aramaico. Alguns consideram, por exemplo, o diálogo entre Jesus e
Nicodemos no capítulo 3 de João como algo que só faz sentido em
grego, mas não em aramaico. De acordo com Bart Ehrman, este critério é incluído
na análise de credibilidade contextual, porque ele acredita que Jesus e
Nicodemos estavam falando em aramaico.
Objetivo do autor:
este critério é o outro lado do critério de dissimilaridade. Quando o
material apresentado serve aos propósitos do autor ou do editor, ele é suspeito.
Várias seções nas narrativas do Evangelho, como o Massacra dos Inocentes por
exemplo, retratam a vida de Jesus como o cumprimento de profecias do Antigo
Testamento. Na visão de alguns estudiosos, isso pode apenas refletir o
objetivos literário do autor, e não acontecimentos históricos.
A
pesquisa contemporânea do Jesus histórico geralmente levam o critério histórico
de plausibilidade como sua base, em vez de o critério de dissimilaridade. As
narrativas, portanto, que se encaixam no contexto judaico e dão sentido a
ascensão do cristianismo podem ser históricas.
David Rubens
21 de dezembro de 2014
Estilo de Normalizar Citação De Acordo com as Normas da ABNT para Trabalhos Acadêmicos.
RUBENS, David. Métodos para análise crítica das fontes em busca do Jesus Histórico. http://biblicoteologico.blogspot.com.br/2014/12/metodos-para-analise-critica-das-fontes.html Acesso em: _____________.
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