Em "Eclipse de
Deus", Martin Buber mostra a relação com o Absoluto que se pode encontrar
na filosofia e na história da religião, desde os filósofos pré-socráticos até
pensadores do século XX. Buber expõe sua interpretação do pensamento e das crenças
ocidentais, com ênfase nas relações da religião com a filosofia, com a ética e
com a psicologia junguiana. Vivemos atualmente, diz Buber, o tempo do eclipse
de Deus. Como no eclipse do sol, parece que ele não existe mais, se não se sabe
que de fato está encoberto. No entanto, o eclipsar da luz de Deus não é um
apagar-se. Amanhã, o que se interpôs sobre ele já poderá ter ido embora. Num
dos capítulos centrais deste livro, Buber faz uma crítica à maneira como Carl
G. Jung trata o fenômeno religioso, o que motivou uma réplica de Jung e,
posteriormente, uma tréplica de Buber. Esse rico diálogo sobre as relações
entre religião e psicologia pode ser inteiramente lido em "Eclipse de
Deus".
Pg. 153
Martin
Buber (1878-1965) nasceu em Viena, Áustria, numa família
judaica. De 1924 a 1933 ensinou filosofia e religião na Universidade de
Frankfurt. Nesse período, trabalhou com o filósofo e teólogo Franz Rosenzweig,
com quem traduziu para o alemão o Antigo Testamento.
David Rubens
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