E,
projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo:
José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela
está gerado é do Espírito Santo;
E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco. Mateus 1:20-23
E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco. Mateus 1:20-23
Esse profeta citado é
Isaías 7.14, e a situação original para a profecia em 734 ou 733 a.C. foi uma
fracassada tentativa de persuadir Acaz, rei de Judá, reino judeu do sul, que
estava sob ataque das forças conjuntas da Síria e de Israel, reino judeu do
norte, a confiar em Deus em vez de recorrer ao auxílio do imperador assírio. Como
Acaz recusou a garantia do auxílio divino,
ele recebeu uma profecia de condenação, em Isaías 7.14-25. Antes de qualquer “jovem
mulher ter concebido e dar à luz um filho” e de esse filho “saber rejeitar o
mal e escolher o bem” – ou seja, chegar à maturidade – os dois reinos
agressores e o próprio reino de Acaz seriam devastados. Deus será de fato “Emanuel”,
isto é, “Deus com ele” – mas no juízo, não na salvação. A profecia em Isaías
nada diz sobre uma concepção virginal. Fala em hebraico de uma almah, uma virgem recém-casada, mas
ainda não grávida do primeiro filho. Na tradução grega das escrituras hebraicas
o termo almah foi traduzido como parthenos, que nesse contexto
significava exatamente a mesma coisa – isto é, uma virgem recém-casada.
Não é possível supor que
todas as tradições cristãs inicias considerassem que Isaías 7.14 profetizasse
uma concepção virginal para Jesus. De fato, não pode ser encontrado em nenhum outro
lugar fora da tradição dessa tradição independentemente conhecida por Mateus e
por Lucas e usadas apenas em suas narrativas de infância.
David Rubens
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