Paul Heinrich Dietrich,
Barão de Holbach (1723-1789)
Holbach era Alemão por
nascimento e educação, mas francês por acaso (herdou o dinheiro, titulo e
propriedades do seu tio). As propriedades de Holbach eram um ponto de encontro
para pensadores radicais franceses (os filósofos) do final do século 18. Era um
ateísta, um determinista, e um materialista: o universo é um sistema complexo
de substâncias físicas organizadas de acordo com leis mecanicistas de causa e
efeito, mais do que desenhado por Deus.
Holbach era um oponente da monarquia absoluta, da religião do estado e dos privilégios feudais. Pode ser descrito como um dos intelectuais mais radicais do seu tempo. Escreveu livros cujas ideias radicais o obrigaram a publicá-los na Holanda sem o seu nome na capa. O seu trabalho mais famoso é o O Sistema da Natureza (1770). Um breve relato do seu materialismo ateu foi publicado em 1772: Bom (ou Comum) Senso, ou Ideias Naturais vs. Ideias Sobrenaturais.
Holbach era um oponente da monarquia absoluta, da religião do estado e dos privilégios feudais. Pode ser descrito como um dos intelectuais mais radicais do seu tempo. Escreveu livros cujas ideias radicais o obrigaram a publicá-los na Holanda sem o seu nome na capa. O seu trabalho mais famoso é o O Sistema da Natureza (1770). Um breve relato do seu materialismo ateu foi publicado em 1772: Bom (ou Comum) Senso, ou Ideias Naturais vs. Ideias Sobrenaturais.
Fortes criticas a religião, interessante leitura.
TEOLOGIA PORTATIL OU DICIONARIO
ABREVIADO DA RELIGIÃO CRISTÃ
No final do século
XVIII, a religião ainda representava um risco àquele que quisesse fazer uso da
sua liberdade de pensamento. Associada ao absolutismo monárquico, a Igreja
Católica dispunha de diversos meios para punir os contestadores de seu poder ou
aqueles que, simplesmente, manifestavam ideias libertárias. Por essa razão
nasce, já no século anterior, uma filosofia clandestina que, às escondidas,
lutava contra essa tirania. Diante de todos os absurdos defendidos pela Igreja
para justificar esse abuso de poder, o célebre filósofo Barão de Holbach, que
fez do ateísmo uma arma contra as hipocrisias e os desmandos do mundo
mágico-religioso, preferiu, pela via do riso, expor ao ridículo os "cães
de guarda" do Deus supremo. Trata-se, ao mesmo tempo, de uma obra
divertida e corajosa, ao estilo do Dicionário filosófico de Voltaire, embora
ainda mais mordaz e iconoclasta.
P. 229
Martins Fontes
Excelente livro, li e recomendo a leitura.
SISTEMA DA NATUREZA - OU DAS LEIS DO
MUNDO FISICO E DO MUNDO MORAL
Para
o Barão de Holbach, um dos materialistas mais radicais da história da
filosofia, nada existe além da natureza, da qual fazemos parte inexoravelmente. Esta natureza, constituída por leis eternas,
está em perpétuo movimento e desconhece o acaso: ou seja, tudo nela se dá de
modo necessário e inescapável. Desta concepção fatalista e determinista, surge,
no entanto, uma filosofia da virtude e da felicidade (tanto individual quanto
coletiva) que nos ensina que apenas o verdadeiro conhecimento da natureza pode libertar o homem da ignorância, dos
fanatismos e das superstições.
"Como se tornar aquilo que se é": eis a meta de Holbach.
P. 872
Martins Fontes
A MORAL UNIVERSAL, OU OS DEVERES DO
HOMEM FUNDAMENTADOS NA SUA NATUREZA
Se viver feliz e viver
segundo a natureza é uma e a mesma coisa, como afirma Sêneca,
então é possível dizer que a verdadeira moral é aquela que deve servir à vida, é aquela que
está a serviço da existência.
O que vemos nessa obra
é uma busca minuciosa pela compreensão dos fundamentos de uma moral que deve se assentar na natureza, que, antes de ser uma ideia abstrata, é aquela
que nos constituiu concretamente, materialmente. Essa natureza da qual somos parte, e que está por todo
lado, e também dentro de nós, e que, para Holbach, só se encontra vedada aos
que insistem em permanecer de olhos fechados para o mundo.
P. 986
Martins Fontes
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