W. G. Kümmel acreditava
que, para Jesus, o reino não era apenas futuro, mas já estava irrompendo durante
seu ministério. Enquanto Bultmann (seguindo Schweitzer] percebia uma importante
distinção entre o fato de Jesus apontar para o futuro iminente, e Paulo, para o
passado imediato, Kümmel entendia que Jesus e Paulo estavam condicionados por
uma tensão muito semelhante entre a presença da salvação e seu cumprimento futuro.
A ressurreição e o dom do Espírito tão somente ampliaram o efeito da salvação
já presente em Jesus — presente não apenas em suas palavras (Bultmann], mas
também em sua pessoa. Desse modo, apesar de todas as diferenças na formulação
entre a pregação de Jesus e a de Paulo, Kümmel insistia em que a teologia de
Paulo não representa alteração fundamental alguma nem falsificação do ensino de
Jesus, apenas uma reformulação própria das ideias fundamentais de tais ensinos.
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