Em 1956, um outro pós-bultmaniano,
Fuchs publicou em ZTK, a revista dos pós-bultmannianos, um artigo intitulado “A
busca do Jesus histórico”, no qual propôs seus cânones para a nova busca. Fuchs
procurou no comportamento ou conduta de Jesus algo que seja histórico e
relevante para a fé. Especialmente em sua graciosa comunhão de mesa com os
excluídos, seu comer e beber com os pecadores, Jesus viveu eficaz e
autoritativamente o que pregou nas parábolas: a atividade redentora presente do
Deus próximo. Esta declaração do amor de Deus pelos pecadores era autoritativa
porque, ao receber os pecadores, Jesus se colocou no lugar de Deus,
identificando sua vontade com a de Deus. Assim, encontramos na conduta de Jesus
a chave para sua autocompreensão de quem e o que ele era: o representante
escatológico de Deus. A confiança de Fuchs na historicidade dos registros dos
evangelhos acerca da atividade de Jesus estava fundamentada na crença de que a
igreja estaria menos propensa a mudar os atos do que as palavras de Jesus.
David Rubens
David Rubens
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