quinta-feira, 27 de agosto de 2015

249 - Sobre o Jesus Histórico, Günther Bornkamm (1905-1990), professor em Heidelberg


Trinta anos depois da obra Jesus de Bultmann, Bornkamm publicou Jesus de Nazaré (em alemão: 1956), o primeiro estudo pós-bultmaniano sobre o Jesus histórico. Como Käsemann e Fuchs, Bornkamm considerava a incomparável autoridade de Jesus como historicamente válida e relevante para a fé cristã. Käsemann encontrou esta autoridade manifestada no ensino de Jesus; Fuchs, em sua conduta. Bornkamm afirmou que a impressão mais forte que os evangelhos dão é a autoridade imediata e sem paralelo de Jesus, uma autoridade que é absoluta e está presente tanto nas palavras quanto nos atos de Jesus. Esta autoridade tem sua fonte no Jesus histórico e não é um produto da fé. Embora a fé a tenha reconhecido e a proclamado, não a criou.
Além dessa experiência de autoridade, podemos estabelecer os seguintes fatos acerca do Jesus histórico. Jesus era judeu, filho do carpinteiro José, de Nazaré na Galileia. Ele pregou em cidades ao longo do Lago da Galileia, curou e fez boas obras, e lutou contra a oposição dos fariseus. Por fim, foi crucificado em Jerusalém. Mais importante, porém, do que estes simples fatos históricos que dizem respeito ao ministério de Jesus era sua importância existencial o fato de que, no ministério, a hora crucial, escatológica estava presente, chamando- nos a uma decisão. Um encontro histórico com Jesus era, portanto, um encontro escatológico com Deus.

David Rubens


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Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.